Lufthansa diz que aviação mundial vai depender de ajuda especial
O presidente da companhia aérea alemã Lufthansa disse hoje que são necessárias ajudas públicas especiais que garantam a sobrevivência do setor da aviação a nível mundial caso a crise provocada pela pandemia de Covid-19 se prolongue.
Carsten Spohr alerta que mais de 90% dos aviões, a nível mundial, estão parados e por isso afirma que "se a crise durar" o futuro da aviação vai depender das ajudas públicas.
A declaração de Spohr foi publicada num comunicado que incluiu os resultados anuais referentes a 2019 e que já foram tornados públicos na semana passada.
O grupo Lufthansa mantém apenas 5% dos voos regulares escalados até ao dia 19 abril devido à pandemia e à queda na procura por parte dos passageiros, apesar de a empresa estar a oferecer voos especiais para ligações de retorno.
A Lufthansa informou hoje também que vai deixar em terra, temporariamente, 700 dos 763 aviões do grupo.
Nesse sentido, o presidente do grupo, Carsten Spohr, acrescentou que a "propagação do novo coronavírus" está a levar a economia mundial e a empresa em particular a um "estado de exceção desconhecido até ao momento".
O grupo Lufthansa acionou medidas excecionais para o transporte de mercadorias às cadeias de distribuição para que seja evitada a falência de "muitas empresas".
Ao grupo pertencem as empresas Lufthansa, Eurowings, Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Edelweiss.
A Lufthansa vai aplicar medidas de poupança a todo o consórcio reduzindo de forma drástica o trabalho a períodos laborais limitados e não vai distribuir os dividendos referentes a 2019.