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O momento actual exige mais responsabilidades de todos nós

No dia em que escrevo este texto, dia 15/03/2020, o mundo inteiro vive momentos difíceis. Mais uma verdade de La Palisse.

Não tenho a veleidade de pretender ser entendido do assunto. Por isso, acato e respeito as instruções que são emanadas pelas entidades responsáveis, sejam regionais sejam nacionais. Vou procurando acompanhar as notícias, as decisões e a evolução do problema e cumprindo as obrigações impostas pelas entidades competentes na matéria.

As medidas implementadas serão as ideais? Não! As medidas implementadas aqui, na Região, a nível nacional, a nível europeu, em cada um dos países por esse mundo fora, acredito que foram as que os responsáveis acharam que seriam as melhores, dadas as circunstâncias do problema em cada região ou país, face aos conhecimentos técnicos disponíveis e na procura da melhor solução para todos e cada um.

Todas as medidas são criticáveis? Obviamente que sim! Mas, no meu ponto de vista, sempre numa lógica de construção duma alternativa melhor. E, ainda para mais, que, de dia para dia, se conhecem novos dados sobre a evolução do “bicho” e da sua propagação. Não podemos esquecer que, mesmo os países do primeiro mundo, ainda não conseguirem contornar o problema. Todo o mundo anda à procura do melhor caminho para a solução e, por isso mesmo, têm sido diferenciadas as acções de combate desencadeadas.

Na Madeira, registo com agrado a obrigação de quarentena imposta a todos os que entrem na nossa região. Bem sei que, aqui, é “fácil” controlar as entradas, pois só o podemos fazer pelos portos e aeroportos. Em países continentais, a solução terá de ser diversa. Pode-se entrar no espaço continental a pé, de bicicleta, em viatura própria, de camioneta, de comboio, de barco, de avião... e através de inúmeros pontos das fronteiras.

Onde quer que estejamos, compete a todos nós respeitar as normas comportamentais impostas. Mesmo que perturbe, substancialmente, a nossa rotina. Não podemos permitir comportamentos de risco e, como cidadãos, se tomarmos conhecimento da violação das normas, é nosso dever incontornável informar as entidades competentes para evitar que um qualquer “maluquinho/energúmeno” inconsciente e irresponsável possa pôr em causa a saúde pública duma comunidade e, particularmente, dos nossos profissionais de saúde.

Por isso, se tomar conhecimento duma violação, não terei pejo nenhum em denunciar. Não se trata duma delação premiada, mas da obrigação co-responsável que me assiste de contribuir para o bem-estar da comunidade em que estou inserido.

Não podemos esquecer que, com saúde, a seu tempo, podemos recuperar os rendimentos, as festas, os convívios agora perdidos. Sem saúde...

O momento actual exige mais responsabilidades de todos nós. É o momento, como, noutras circunstâncias, disse o presidente John Kennedy: “Não perguntemos o que o país pode fazer por nós, mas o que nós podemos fazer pelo país”.

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