Associação Portuguesa de Imprensa pede “medidas imediatas de apoio” à Comunicação Social
João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, resolveu escrever ao Ministro da Economia para dar conta das angústias sentidas pela Comunicação Social que “enfrenta a maior crise da sua história”, sendo muitos destes órgãos centenários com mais de um século de publicação ininterrupta.
Perante a emergência que o mundo enfrenta, a Comunicação Social, no seu todo, e a Imprensa, em particular, assumem uma crucial importância, sendo necessário “conceder a este sector os apoios indispensáveis para que possam prosseguir o extraordinário serviço público que prestam ao País”, refere João Palmeiro, salientando que este sector é, a par com o turismo, a hotelaria e a restauração, “um dos mais afectados pela crise actual”, sobretudo a Imprensa Regional que “viu desaparecer, quase por completo, a sua principal fonte de receita: a publicidade das actividades comerciais e industriais das respectivas zonas de influência”.
Ciente de que a maior parte dos jornais “estão a mergulhar numa situação muito grave de descapitalização e de perda de receitas”, alerta para o facto de muitos deles correrem o risco de suspender a respectiva publicação “caso não haja medidas imediatas de apoio, designadamente com a abertura de uma linha de crédito bonificada e com um período de carência”.
Recorda que os jornais “são empresas e um produto diferente de todos os outros, cuja razão de ser é informar, numa função tanto mais importante quanto mais complexa é a conjuntura que se enfrenta”, sendo, em vários casos, os “únicos elos de ligação com as populações locais, os únicos que tratam dos problemas das respectivas regiões, aqueles que melhor podem esclarecer e auxiliar essas populações a vencer o período difícil que atravessamos”.