Madeirense que faleceu em Espanha vítima da Covid-19 não vinha à Madeira há três anos
A madeirense que faleceu ontem em Espanha, vítima do coronavírus, não vinha à Madeira há pelos menos três anos. O irmão, José do Tanque, residente no Arco da Calheta, confirmou ao DIÁRIO que a família recebeu a notícia durante o dia de ontem, por intermédio de uma irmã que reside na África do Sul e que mantinha um contacto regular com Catarina da Luz da Silva.
José do Tanque recorda uma irmã amorosa que ligava sempre por altura do seu aniversário, a 17 de Março. Estranhou o facto de a irmã não lhe ter dado os parabéns nesta última terça-feira. Sabe agora, por intermédio de uma amiga da irmã, residente em Espanha, que Catarina da Luz já estava internada nessa altura.
A madeirense tinha problemas de coração e não resistiu ao contágio do Covid-19, vindo a falecer estar quarta-feira, dia 18.
Catarina da Luz da Silva vivia há 60 anos em Espanha, onde chegou a ser freira durante vários anos. Regressou à Madeira, onde exerceu a profissão de enfermeira, tendo voltado a emigrar para Espanha. Casou com um espanhol, enviuvou e vivia sozinha há mais de 10 anos. Nunca teve filhos.
Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal da Calheta lamentou a morte de uma filha da terra e encetou de imediato diligências para perceber se existia eventuais riscos de contágio. Os mesmos não se verificam, uma vez que a madeirense não vinha à Madeira há pelo menos três anos.