Quarentena para todos os que chegam à Região e limites à circulação na via pública
O presidente do Governo Regional deu uma conferência de imprensa, via Skype - com graves erros de funcionamento que impediram a participação de todos os órgãos de comunicação - em que anunciou mais medidas restritivas, ao abrigo do estado de emergência. Medidas aprovadas no conselho de governo e que serão submetidas à aprovação do Representante da República que tem a responsabilidade de fazer cumprir o decreto de estado de emergência.
Miguel Albuquerque anunciou que serão adoptadas medidas para restringir a circulação na via pública, limitando ao essencial as saídas de casa, nomeadamente para trabalhar, nos casos em que não seja possível o teletrabalho, abastecimentos, saúde e outras. “Temos de restringir ao máximo a circulação de pessoas e que só contactem umas com as outras para o essencial”, afirmou.
As normas de circulação na via pública, que serão anunciadas brevemente, são de “carácter obrigatório” e fiscalizadas pelas autoridades policiais.
Albuquerque considera urgente “estancar o fluxo de entradas na Região” e, por isso, a principal medida anunciada é a “obrigatória quarentena de quinze dias de quem desembarca na Região, residentes e não residentes”.
As empresas que cumpram as “regras de contingência”, nomeadamente de construção civil e unidades industriais, deverão continuar a trabalhar. Neste momento, já estão suspensas as actividades de animação turística e grande parte do comércio está encerrado.
“A saúde de cada ser humano é a prioridade das prioridades”, diz Albuquerque que lembra que “salvar vidas não é um valor secundário, é um valor cimeiro”.
O presidente do Governo Regional agradeceu a compreensão dos madeirenses e elogiou a “coragem e determinação” e o comportamento “exemplar da população”. O Governo Regional, garante, “não vai vacilar”.