Madeira com reservas de pescado suficientes para o abastecimento das populações
Teófilo Cunha, garantiu esta quinta-feira, no Caniçal, que a Região tem pescado em reserva “suficiente para satisfazer as necessidades de consumo das populações”, num período de tempo muito para além do “Estado de Emergência” decretado para combater a pandemia planetária do Covid-19. O secretário regional de Mar e Pescas contactou ao longo desta semana pescadores e armadores para fazer um ponto da situação do sector das pescas.
O atum e o peixe-espada-preto existentes no Entreposto Frigorífico do Funchal permitem ao governante com a tutela do Mar e Pescas tranquilizar as populações e assegurar que “há peixe em quantidade para as necessidades de consumo”.
Não obstante, os condicionamentos resultantes da alteração social em que se encontra o País e a Região estão a ser sentidos pelos pescadores. “As informações que temos dos três principais operadores de pesca da Região é que já registam quebras nas vendas na ordem dos 70 a 80%”, afirma Teófilo Cunha. “Estes números referem-se à exportação, que é o maior volume de negócios dessas três empresas”.
Na prática, os pescadores estão eles próprios a tomar a iniciativa de não se fazerem ao mar para evitarem terem de ficar sem espaço para conservar o pescado. “Não havendo vendas para o exterior, o consumo interno é de 20 a 30%”, referiu o governante.
Com a safra do atum à porta, Teófilo Cunha lembra que sem escoamento do pescado armazenado, a capacidade de conservação nas lotas e entrepostos frigoríficos “fica limitada”, pelo que aconselha ao “bom senso” dos pescadores, em face da situação de emergência em que se encontra a Região e o País. Teófilo Cunha nota que questões como a limitação do horário de funcionamento dos mercados, restrições nos horários das grandes superfícies e encerramento da restauração fazem parte do “Estado de Emergência e vão ter impacto no consumo de pescado.
Teófilo Cunha não descartou a possibilidade de o Governo Regional vir a conceder apoios aos pescadores, decisão que deverá ser tomada no quadro dos programas específicos que estão a ser preparados pela Região, o Estado português, a UE e as instâncias internacionais.