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Coronavírus Mundo

Alemanha sem recolher obrigatório espera que medidas restritivas resultem

Foto EPA/CLEMENS BILAN / POOL
Foto EPA/CLEMENS BILAN / POOL

O governo alemão impôs um conjunto de medidas com o objetivo de evitar o contacto social e a propagação do novo coronavírus, mas os cidadãos ainda circulam livremente, apesar dos mais de 7 mil casos confirmados.

Na segunda-feira, a Baviera foi a primeira das 16 regiões da Alemanha a declarar o estado de emergência mas já antes cidades como Berlim e Colónia tinham implementado várias restrições à vida pública.

Markus Söder, o primeiro-ministro da Baviera, o maior Estado federado alemão, descreveu a medida como “drástica” justificando que o contacto social deve ser limitado ao máximo para impedir a propagação do vírus.

“A situação é muito séria e muda diariamente, infelizmente não para melhor”, argumentou o líder do governo bávaro que quer, desta forma, que as autoridades e organizações se coordenem ao nível regional, permitindo aprovar rapidamente novas restrições ou até solicitar a ajuda das Forças Armadas da Alemanha.

Söder acredita que a Baviera, pela sua localização geográfica no sul do país, tem sido mais afetada e espera que declarando o estado de emergência, outros Estados tenham a mesma iniciativa, atuando de uma forma mais rápida do que até agora.

Depois de várias reuniões, Angela Merkel anunciou na passada segunda-feira um novo pacote de medidas, que se juntam ao encerramento das escolas e jardins de infância de todo o país, pelo menos até 19 de abril.

“Estas são medidas que nunca tivemos neste país, que são graves, mas são necessárias nesta altura para reduzir o número de contactos e, portanto, o número de infeções”, declarou a chanceler alemã em conferência de imprensa.

O governo de Berlim quer que todos os bares, discotecas, cervejarias e ‘pubs’ estejam de portas fechadas, assim como teatros, óperas, salas de concerto, museus, feiras, exposições, cinemas, parques de lazer e de animais.

“A regra é que as capacidades de acomodação na Alemanha só podem ser usadas para estadas noturnas necessárias e não para fins turísticos”, acrescentou Merkel, adiantando que os restaurantes do país só podem estar abertos até às 18:00 e respeitando o espaço de 1,5 metros entre cada mesa.

Mas se há quem respeite e entenda que tem mesmo de existir uma mudança forçosa no dia-a-dia, em Berlim há também quem tarde ou não queira acatar o que, de acordo com o Instituto Robert Koch (a entidade oficial responsável pela prevenção e controlo de doenças), podem ser medidas que durem os próximos dois anos.

Nos últimos dias, com temperaturas amenas, vários parques públicos continuam cheios de crianças e vários bares e lojas abertos. A capital alemã criou uma unidade especial na Polícia para tentar travar todos os espaços que se mantém a funcionar ilegalmente.

De acordo com números oficiais, já há cerca de 350 casos de Covid-19 em Berlim e mais de 7 mil em toda a Alemanha.

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