COI publica guia sobre a doença e carta encorajadora do presidente
O Comité Olímpico Internacional (COI) publicou hoje no sítio oficial na internet um guia especial sobre o novo coronavírus, que inclui conselhos para prevenir a Covid-19, e uma carta do presidente do organismo aos atletas.
“Como olímpico que sou, sei como se sentem. Sei que querem concentrar-se no treino e na competição, sem que nada vos perturbe a preparação para os Jogos de Tóquio. Infelizmente, o coronavírus tornou-se uma enorme preocupação para todos”, escreveu Thomas Bach, presidente do COI e campeão olímpico de esgrima em 1976.
Bach reiterou o “compromisso total” do COI em abrir os Jogos em 24 de julho, como previsto, chamando a atenção para a necessidade de “flexibilidade” de todos, tendo em conta o cancelamento de muitas provas de apuramento olímpico devido à pandemia da Covid-19.
“Muitos de vós tiveram de alterar o vosso programa de competição e de treinos, e os vossos planos de viagem, devido às inúmeras restrições impostas. Pessoalmente, quero agradecer a vossa flexibilidade e solidariedade, que mostram o verdadeiro espírito olímpico”, acrescentou Bach.
O presidente do COI assegurou que vai ser encontrado um sistema de qualificação “justo, tendo em conta as circunstâncias”, e manifestou a esperança de que “a comunidade olímpica vai voltar a unir o mundo inteiro numa competição de paz”.
Na terça-feira, o COI reiterou o comprometimento com a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 em pleno e nas datas previstas, de 24 de julho a 09 de agosto, por não existir “necessidade de quaisquer decisões drásticas”.
“O COI continua completamente comprometido com os Jogos Olímpicos Tóquio2020 e, a mais de quatro meses antes do arranque dos Jogos, não há necessidade de quaisquer decisões drásticas neste momento. Qualquer especulação será contraproducente”, refere um comunicado do organismo.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou na terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que no dia anterior, em que se registou a primeira morte no país.