Mais de metade dos países africanos com casos, Egito lidera com 166
Uma análise feita pela consultora EXX África mostra que a grande maioria dos países no continente está a adotar medidas que vão da proibição de circulação dentro e fora do país até à suspensão dos voos internacionais. “Mais de 30 países africanos reportaram casos de Covid-19, com mais de 400 casos confirmados no continente, principalmente no Egito, Magrebe e África do Sul”, lê-se na nota de análise enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.
“Em resposta, os governos estão a impor medidas sem precedentes, como o fecho de fronteiras e a imposição de restrições às viagens”, acrescenta-se na nota, que sintetiza as medidas anunciadas pelos governos africanos.
Entre os países que adotaram as medidas mais significativas está a Eritreia, que “baniu todas as viagens dentro e fora do país” ou a Argélia, que suspendeu todos os voos e ligações marítimas com a Europa.
Angola já decretou uma suspensão temporária das ligações aéreas provenientes de países afetados, o mesmo acontecendo com as Ilhas Comores e a República do Congo, o Quénia ou o Mali, que suspendeu todos os voos de passageiros europeus.
Na Líbia, todos os aeroportos e fronteiras estão encerradas, e a Tanzânia cancelou os voos para a Índia, enquanto a Tunísia suspendeu voos e fechou fronteiras.
A Organização Mundial de Saúde em África atualizou hoje o número de infeções pelo Covid-19 no continente, contabilizando 477 casos em quase 30 países. Entre os países com mais casos está o Egito, com 166, a Argélia, com 67, a África do Sul, com 62, e Marrocos, com 38.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
A China registou nas últimas 24 horas 11 mortos e 13 novos casos infeção pela Covid-19, mas só um é de Wuhan, todos os outros 12 são importados.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.601 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
O número de infetados ativos no país fixou-se em 8.056, incluindo 2.622 em estado grave.
Wuhan, em quarentena desde 23 de janeiro passado, é a região mais afetada no mundo pela doença, com 2.490 mortes.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.