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África regista quase 600 casos e 16 mortes em 33 países

Foto EPA
Foto EPA

Três novos países em África anunciaram hoje as primeiras infeções pelo novo coronavírus, elevando para 33 o número de Estados afetados pela pandemia de Covid-19 no continente africano, que conta já quase 600 casos.

Gâmbia (01), Zâmbia (02) Djibuti (01) foram os países que hoje anunciaram a existência das primeiras infeções, no mesmo dia em que o Burkina Faso registou cinco casos novos e a primeira morte causada pela doença.

De acordo com o site Worldometers sobre a pandemia de Covid-19, que compila quase em tempo real a informação da Organização Mundial de Saúde (OMS), de fontes oficiais dos países e de órgão de informação, durante o dia de hoje foram registados perto de 80 novos casos em 14 países africanos.

A África do Sul registou 31 novos casos e contabiliza agora 116, tornando-se no país com mais casos na África Subsaariana.

A maior parte dos casos é de pessoas recém-regressadas ao país, mas a contaminação local está a crescer, com 14 dos 31 novos doentes a serem infetados localmente.

O Governo proibiu os navios de cruzeiro de atracarem nos portos do país, numa altura em que mais de 1.700 pessoas permanecem retidas desde domingo num navio ao largo da costa sul-africana, segundo a imprensa local.

A Nigéria, o país mais populoso de África, com 200 milhões de habitantes, anunciou hoje cinco novos casos, somando agora oito.

As autoridades suspenderam a entrada de passageiros provenientes de 13 países de alto risco: China, Estados Unidos da América, Itália, Irão, Coreia do Sul, Espanha, Japão, França, Alemanha, Noruega, Reino Unido, Países Baixos e Suíça.

Novos casos foram registados também hoje na Guiné Equatorial (02), Argélia (11), Tunísia (02), Sudão (01), Quénia (03), Marrocos (05), Costa do Marfim (02), Senegal (04), República Democrática do Congo (04), Tanzânia (02) e Ruanda (01).

A Somália, que anunciou esta semana o seu primeiro caso, fechou as escolas e universidades durante duas semanas e desaconselhou as concentrações de pessoas.

No Uganda, apesar de ainda não terem sido registados casos, as cerimónias religiosas e as concentrações com mais de 10 pessoas foram suspensas.

Os países lusófonos - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe - mantêm-se sem casos confirmados.

A contabilidade das agências noticiosas internacionais aponta para a existência de pelo menos 600 casos e 16 mortes em 33 dos 55 países e territórios do continente, enquanto os dados do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) da União Africana regista mais de 500 contágios em 31 países.

O CDC tem agendado para quinta-feira o seu quarto ‘briefing’ desde que a pandemia foi declarada, enquanto especialistas em saúde de 20 países africanos estão a participar em conferências com médicos na China numa tentativa de recolher dados que permitam travar o avanço do vírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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