Remuneração paga pela EDP a António Mexia foi de 2,1 milhões de euros em 2019
O presidente executivo da EDP, António Mexia, recebeu o ano passado 2,17 milhões de euros e este ano pode ganhar mais 800 mil euros fixos, a que acrescerá a remuneração variável, segundo documentos da assembleia-geral de abril.
A EDP convocou hoje a assembleia-geral de acionistas para 16 de abril, pelas 15:00, em Lisboa, um encontro que terá oito pontos na ordem de trabalhos, destacando-se a deliberação sobre contas de 2019 (lucros consolidados de 512 milhões de euros, menos 1% do que em 2018), a proposta de aplicação de resultados (incluindo dividendo de 19 cêntimos por ação), poderes para o Conselho de Administração aumentar o capital social até ao limite de 10% do capital social atual e política de remuneração dos administradores e restantes membros dos órgãos sociais.
Segundo o relatório e contas de 2019, hoje divulgado, a empresa pagou o ano passado 11 milhões de euros (brutos) ao conselho de administração executivo, dos quais 1,015 milhões de euros a António Mexia de remuneração fixa (incluindo montantes relativos a Plano Poupança Reforma) e 325 mil de remuneração variável referente a 2018.
Ainda em 2019, a empresa pagou remuneração variável plurianual relativa à avaliação de desempenho do período 2015-2017.
Neste caso, foi pago o valor relativo ao ano 2016, tendo António Mexia recebido mais 826 mil euros.
Em 2018, o presidente executivo da EDP tinha recebido 970 mil fixos, 602 mil euros de remuneração variável e ainda 627 mil referentes à variável plurianual de 2015, no total de cerca de 2,199 milhões de euros.
Já com as remunerações do Conselho Geral e de Supervisão foram gastos cerca de 1,8 milhões de euros em 2019 (valor bruto), sendo que ao presidente, Luís Amado (ex-ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros nos governos PS de José Sócrates), foram pagos 515 mil euros.
Quanto à proposta de remunerações feita pela comissão de vencimentos, que será votada na assembleia-geral de 16 de abril, é proposta para António Mexia uma remuneração fixa de 800 mil euros e planos de poupança reforma de 10% da remuneração fixa anual.
Já a parte variável, que depende do atingir de objetivos, esta “pode ser o dobro da parte fixa e em que a componente variável plurianual, que reflete a avaliação para o conjunto do mandato, terá uma ponderação de 60% que compara com o peso de 40% atribuído à componente variável anual”.
Para o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, a proposta de remuneração é a definida para o atual mandato, de valor fixo anual de 515 mil euros.