Resiliência
os deputados do PS na ALRAM estarão sempre disponíveis para trabalhar conjuntamente com o Governo Regional
Muitos de nós provavelmente nunca imaginaram que haveríamos de passar por algo semelhante a esta crise, que deixa povos inteiros em quarentena, paralisa economias e países, deixa uma enorme incerteza e angústia no seio das comunidades e famílias.
Na hora em que escrevo este artigo, a situação epidemiológica em Portugal sumariza-se em 245 casos de covid-19 confirmados, aguardando 281 resultado laboratorial, num total de 2271 suspeitas desde 1 de janeiro. Dos casos confirmados, 47 referem-se a casos importados de países estrangeiros, a maioria de Espanha e Itália. Detetaram-se 14 cadeias de transmissão ativas. A maior parte são na região de Lisboa e Porto, com ainda poucos casos no Centro, Alentejo e Algarve, apenas um nos Açores e nenhum na Madeira. São dados oficiais da Direção Geral de Saúde.
Julgo que a maioria dos cidadãos tem adotado as medidas de precaução necessárias, resguardando-se em casa, e com poucos contatos sociais. O fecho das escolas, a maior parte das instituições públicas bem como de muitas empresas privadas, foi importante nesse desiderato que continuará nos próximos dias. Com as habituais exceções de algumas pessoas menos conscientes e informadas, que desvalorizam o mal que advém desta situação, a verdade é que a nossa população na sua maioria compreendeu rapidamente os riscos, e aguarda com o receio que tudo implica.
É preciso igualmente ser realista. Isto não vai desaparecer daqui a uma semana ou daqui a um mês. O importante nesta fase é estancar a evolução do vírus, até o número de casos diários passar a reduzir em vez de crescer, e que os serviços de saúde possam absorver com capacidade de resposta todas as pessoas que necessitem de cuidados.
Também é importante cada vez mais ignorarmos a desinformação das redes sociais. Prestar atenção apenas à informação oficial das instituições públicas, e naturalmente através da comunicação social dita tradicional, que desempenha um extraordinário papel nestas situações, como é o caso do Diário, onde tenho oportunidade de escrever.
Apesar desta tempestade social avassaladora, temos de ter esperança no futuro, e unirmos esforços para recuperar, voltar a dinamizar a atividade económica, ajudar as empresas, conseguir fixar os empregos. Os próximos meses vão ser difíceis, em particular numa Região como a nossa dependente do turismo. Serão necessários inúmeros apoios, puxar pelo investimento público, num cenário de quebra de receitas próprias, e a inevitável necessidade de financiamento externo.
Numa nota final, os deputados do PS na ALRAM estarão sempre disponíveis para trabalhar conjuntamente com o Governo Regional para consensualizar e aprovar as medidas que forem necessárias para ajudar a ultrapassar os desafios que temos pela frente. Apoiámos as medidas enunciadas desde quinta-feira, e não interferimos com nenhuma decisão em nenhuma circunstância. Neste momento cabe aos Executivos nacional e regional trabalharem na organização das estruturas necessárias para dar resposta às diversas situações. Não contem connosco para polémicas, ou para colocarem as pessoas umas contra as outras. Todos sofremos, todos temos família, todos queremos o fim desta crise. Saibamos priorizar o mais importante: o bem-estar e segurança dos madeirenses e porto-santenses. Juntos certamente conseguiremos.