Ministros da Saúde e Administração Interna debatem controlo de fronteiras da UE
Reunião terá lugar hoje por videoconferência por causa da pandemia de Covid-19
Os ministros da Saúde e da Administração Interna da União Europeia reúnem-se hoje, por videoconferência, para debater o controlo das fronteiras externas do bloco europeu no contexto da pandemia da Covid-19.
No domingo, o primeiro-ministro português destacou a importância desta reunião para Portugal, dada a “extensa fronteira” aérea e marítima do país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na semana passada que o epicentro da pandemia do novo coronavirus passou da China, origem do surto, para a Europa, onde diversos países acionaram já o fecho das fronteiras.
Portugal e Espanha vão limitar a circulação na fronteira terrestre comum a mercadorias e trabalhadores transfronteiriços por causa da pandemia da Covid-19, anunciou o primeiro-ministro português no domingo.
António Costa afirmou que os termos destas limitações serão definidos hoje, numa reunião dos ministros dos dois países com a pasta da Administração Interna.
Essa reunião seguir-se-á à dos ministros da Saúde e da Administração Interna da União Europeia.
António Costa falou no domingo, por videoconferência, com o homólogo espanhol, Pedro Sánchez.
Segundo o primeiro-ministro, os dois chefes de Governo acordaram agir “sempre em conjunto” na gestão da fronteira comum.
Na reunião de hoje entre os dois ministros a Administração Interna, serão definidos também os termos da circulação nas fronteiras aéreas e marítimas entre os dois países, disse António Costa.
O primeiro-ministro disse estar convicto de que estas limitações de circulação na fronteira entre os dois países entrarão em vigor já na segunda-feira, e acrescentou que se manterão por tempo indeterminado, mas sempre para lá dos dias das celebrações da Páscoa.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.