Rússia anuncia medidas para apoiar a economia e combater a propagação
Governo disponibiliza 3,6 mil milhões de euros e pede às empresas que assumam mais responsabilidades
A Rússia anunciou hoje uma série de medidas para apoiar a economia, disponibilizando 3,6 mil milhões de euros, e combater a disseminação do novo coronavírus, pedindo às empresas que assumam mais responsabilidades.
“O Governo pode usar uma reserva de 300 mil milhões de rublos (3,6 mil milhões de euros) no orçamento deste ano” para atender aos “gastos prioritários” e “apoiar indústrias e cidadãos”, afirmou o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, durante uma reunião ministerial transmitida pela televisão.
Entre as medidas anunciadas, o Governo apoiará o fornecimento de produtos essenciais às empresas, oferecendo empréstimos subsidiados aos comerciantes e criando um “corredor verde” alfandegário para facilitar a importação de produtos essenciais.
O primeiro-ministro também anunciou medidas para apoiar os setores de turismo e transporte aéreo, que são particularmente afetados, principalmente por meio de adiamento dos impostos, uma medida que pode ser estendida a outros setores.
O Governo russo também quer oferecer empréstimos a taxas preferenciais para pequenas e médias empresas e aumentar o volume de subvenções a estas.
Por fim, Mishustin pediu às grandes empresas que “usem todos os seus recursos para combater a disseminação” do coronavírus, tomando medidas para proteger os seus trabalhadores e juntando-se aos esforços das autoridades.
A Rússia anunciou medidas para apoiar o rublo na semana passada, que foi duramente atingido pela queda nos preços do petróleo causada pelo fracasso das negociações OPEP-Rússia e pela declaração saudita de “guerra aos preços”.
A economia russa, após um ano de crescimento lento em 2019, corre o risco de comprometer seriamente as suas esperanças de recuperação em 2020.
A Rússia confirmou já 63 casos de contaminação com o novo coronavírus.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.