Hungria fecha fronteiras, restringe comércio e proíbe eventos
Primeiro-ministro Orbán disse no parlamento que está em curso uma coordenação internacional para o fecho de fronteiras
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou hoje o encerramento das fronteiras a estrangeiros, restrições ao horário dos estabelecimentos comerciais e a proibição de eventos públicos para travar a propagação do novo coronavírus.
Falando no parlamento húngaro, Orbán acrescentou que está em curso uma coordenação internacional para o fecho de fronteiras.
“Vamos fechar as fronteiras [...] Apenas os cidadãos húngaros poderão passar”, disse Orbán.
A Hungria tem fronteiras terrestres com sete países, dois dos quais, como a Eslováquia e a República Checa, decretaram na semana passada a proibição de entrada a todos os estrangeiros.
O primeiro-ministro húngaro precisou por outro lado que todos os bares, restaurantes e lojas passarão a fechar às 15:00, à exceção das lojas de alimentos, farmácias e parafarmácias, que podem permanecer abertos para além dessa hora.
Os cinemas, instituições culturais e discotecas vão também ficar fechados e os eventos desportivos podem realizar-se, se os organizadores assumirem a responsabilidade, mas sempre sem espetadores.
Viktor Orbán apelou a todos os cidadãos com 70 ou mais anos que permaneçam em casa.
A Hungria já tinha anunciado o encerramento de todas as escolas a partir de hoje e a implementação de processos de ensino à distância, nomeadamente através da televisão pública M5.
Até ao momento, foram registados 39 casos de infeção pelo Covid-19 na Hungria, um dos quais mortal.
Em hospitais do país há 139 pessoas de quarentena, por suspeita de contágio.
O novo coronavírus, surgido em dezembro na China, já infetou quase 170.000 pessoas em 142 países e territórios, provocando a morte a mais de 6.500 pessoas em todo o mundo.