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País de Gales regista primeira morte e eleva para nove total no Reino Unido

Foto EPA
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O País de Gales registou a primeira morte resultante da pandemia de Covid-19, elevando o número total de mortes no Reino Unido para 36, de acordo com as estatísticas oficiais hoje divulgadas.

O paciente, que estava internado no hospital de Wrexham, tinha 68 anos e outros problemas de saúde, indicou o diretor geral de saúde da região britânica, Frank Atherton.

Das três regiões britânicas, apenas a Irlanda do Norte ainda não registou mortes, tendo a Escócia também registado uma vítima mortal e Inglaterra as restantes 34.

Até agora foram diagnosticados 1.543 casos positivos entre 44.105 pessoas testadas ao coronavírus Covid-19 no Reino Unido, mais 171 infetados do que no domingo, de acordo com o balanço feito hoje pelo ministério da Saúde britânico.

A situação no Reino Unido relacionada com o Cofid-19 será tema de uma conferência de imprensa hoje à tarde, que vai passar a ser diária e vai ser liderada pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, ou outros ministros.

As críticas ao governo britânico têm vindo a crescer de tom desde sexta-feira devido à abordagem menos severa para conter a pandemia de Covid-19 no Reino Unido, levando muitos especialistas a criticar a ideia de “imunidade em grupo”, alertando para a incerteza sobre se a imunidade pós-vírus é real e permanece a longo prazo.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, deu várias entrevistas no domingo tentando desmistificar a ideia de que o governo não está a impor medidas de distanciamento social para deixar o novo coronavírus circular e imunizar a população.

“Temos um plano, baseado na experiência de cientistas líderes mundiais. A imunidade em grupo não faz parte disso. Esse é um conceito científico, não um objetivo ou uma estratégia”, garantiu, num texto publicado no Sunday Telegraph.

Um dos próximos passos, adiantou, será o conselho aos idosos com mais de 70 anos a auto-isolamento.

Johnson reuniu esta manhã com especialistas e mais tarde com o ministro das Finanças e o Banco de Inglaterra, antes de participar numa teleconferência com outros líderes dos países do G7 para discutir a resposta internacional à pandemia.

À tarde, o primeiro-ministro vai conduzir uma reunião mais alargada com ministros e outras autoridades para discutir a proibição de grandes ajuntamentos, a qual até agora o governo e consultores científicos recusaram tomar por estarem convencidos de que não é muito eficaz na redução da propagação.

Pelo contrário, o governo autónomo escocês iniciou hoje uma interdição de eventos superiores a 500 pessoas.

Pelo meio, Johnson tem conversas previstas com empresas britânicas para pedir que apoiem a produção de equipamentos médicos essenciais, como ventiladores, como parte de um “esforço nacional” para combater o vírus.

Em paralelo, o ministro do Ambiente, George Eustice, vai presidir uma reunião grupos retalhistas e redes de supermercados para discutir a continuidade do fornecimento de alimentos durante a crise, e o ministro da Educação, Gavin Williamson, vai reunir-se com organizações do setor para debater o potencial encerramento de escolas.

Na terça-feira, o ministro da Saúde, Matt Hancock, deverá dar a conhecer legislação de emergência, nomeadamente poderes para forçar pessoas a entrarem em quarentena se forem consideradas um risco para a saúde pública.

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