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Português que vive na China deixa sugestões para prevenir o coronavírus

Foto Shutterstock
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André Vitorino, treinador de futebol português que vive na China desde Dezembro de 2018, considera “vergonhoso” o que se passa em Portugal em termos de medidas preventivas do Coronavírus e afirma que as coisas não estão a ser explicadas como deve ser. “Todos devem usar máscaras, é obrigatório”, afirma, salientando que a ideia de que só os infectados deverão usá-las está completamente errada.

Pela sua experiência vivida quase no epicentro da pandemia, na província de Guangzhou, e uma vez que o vírus tem um poder de propagação gigante, aconselha algumas medidas simples, mas eficazes, como “cozinhar todos os alimentos, nunca comer maçãs com cascas, esquecer, para já, as alfaces e optar por legumes salteados porque ninguém sabe quem os tocou no supermercado”, adverte, salientando ainda para o uso de máscaras, luvas e óculos sempre que saírem de casas, seja para ir às compras ou para trabalhar é essencial.

Criticando o facto de os portugueses não levarem muito a sério esta pandemia, pelos comportamentos que vai vendo à distância, diz que a melhor prevenção é “ficar em casa e controlar as companhias”. As pessoas mais velhas não devem ir às compras, assim como as crianças e os adolescentes devem reduzir a exposição ao ar livre.

Depois de uma ida ao supermercado, sugere que os produtos sejam colocados no frigorífico e depois “metam a roupa na máquina com um desinfectante e vão tomar banho porque o cabelo também pode conter o vírus”, adverte.

Congratula-se com o facto de a propagação na China estar mais controlada depois de terem fechado as fronteiras. Todos os que entram no país ficam de quarentena durante 14 dias e são encaminhados para um hotel controlado pelos hospitais, saindo apenas 14 dias depois.

André diz que todos fazem a sua vida normal na China, respeitando as medidas de protecção e ninguém sai de casa sem máscaras e luvas.

É ainda importante controlar a febre duas vezes por dia, garantindo que todas estas medidas são “meio caminho andado para estarem protegidos”.

Em Abril a China vai começar a vacinas e acredita que alguma dará conta do vírus. “Temos de ganhar tempo mas até lá todo o cuidado é pouco”, adverte André Vitorino.

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