Internados nos cuidados intensivos baixam para nove, mais de 100 recuperam em casa
O número de pessoas internadas nos cuidados intensivos com o novo coronavírus desceu para nove, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde (DGS), que dá conta de mais de uma centena de doentes a recuperar em casa.
O boletim epidemiológico de hoje indica um total de 139 casos de doentes internados, de um total de 245 casos confirmados em Portugal, e dá conta de dois doentes já recuperados.
A DGS informa ainda que dos 2.271 casos suspeitos de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, 281 aguardam resultado laboratorial.
As cadeias de transmissão activas subiram para 14, mas há menos contactos em vigilância pelas autoridades de saúde (baixou de 5.011 para 4.595).
Entre os doentes infectados estão os casos de um menino com menos de 10 anos e de 25 jovens entre os 10 e os 19 anos.
Existem cinco casos de doentes infectados acima dos 80 anos e 17 entre os 70 e os 79.
É entre a população com idades entre os 30 e os 39 anos que se registam mais casos (55) de doentes infectados, segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 53 casos entre os 40 e 49 anos e 43 casos entre os 50 e os 59 anos.
Há ainda registo de 28 casos entre os 20 e 29 anos e 18 entre os 60 e 69 anos.
Lisboa e Vale do Tejo é agora a região que regista o maior número de casos confirmados (116), seguida da região Norte (103), e das regiões Centro e do Algarve (10). Há um caso nos Açores e cinco casos confirmados no estrangeiro.
O Alentejo e a Região Autónoma da Madeira são agora as únicas sem casos registados pela DGS.
Os dados da DGS, atualizados às 10:00 de hoje, adiantam que 16 casos resultam da importação do vírus Espanha, 14 de Itália, nove de França, cinco da Suíça e um caso importado da Bélgica, Alemanha/Áustria de Andorra.
Segundo a DGS, mais de metade dos doentes positivos ao novo coronavírus (53%) têm tosse, 31% febre, 19% cefaleia, 18% dores musculares, 13% fraqueza generalizada e nove por cento dificuldade respiratória.
A Covid-19 foi classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na semana passada e em todo o mundo já foram infectadas mais de 151.000 pessoas e morreram mais de 5.700.
Em Portugal, o Governo decretou na quinta-feira o estado de alerta, colocando os meios de protecção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Foram igualmente suspensas, a partir de segunda-feira, as actividades lectivas e restringido o funcionamento de discotecas e similares e suspensas as visitas a lares em todo o território nacional.
O Governo decidiu igualmente proibir o desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, excepto dos residentes em Portugal, e limitar a frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança entre as pessoas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.