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Mais 14 mortos faz número total subir para 35 no Reino Unido

Foto EPA
Foto EPA

Catorze pessoas morreram devido ao novo coronavírus no Reino Unido desde sábado, elevando o número de mortos para 35, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico.

O número de casos positivos registado até hoje de manhã, quando é feito o balanço, era de 1.372, entre 40.279 pessoas testadas.

O Governo britânico tem estado sob críticas por não ter ainda decretado o encerramento de estabelecimentos de ensino ou o cancelamento de eventos de grande dimensão.

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Hoje, numa carta aberta, centenas de cientistas urgiram o Governo britânico a rever a estratégia para combater a pandemia de Covid-19 no país por estar a pôr em risco “milhares de vidas” sem necessidade.

Os cerca de 240 cientistas prevêem que, sem medidas de distanciamento social, o surto “afectará milhões de pessoas nas próximas semanas”, deixando o serviço nacional de saúde (NHS) sem capacidade para lidar com o fluxo de pacientes que necessitam de tratamento intensivo e equipamento ventilador.

O Governo britânico activou na quinta-feira a segunda fase do plano de combate à Covid-19, destinada a controlar a propagação do novo coronavírus, exortando as pessoas com sintomas para se auto-isolarem durante uma semana.

Nas medidas anunciadas, o Governo proíbe visitas de estudo ao estrangeiro e aconselha as pessoas idosas, mais vulneráveis a esta doença, a não viajarem em cruzeiros, mas não ordenou a proibição de grandes eventos nem o encerramento de escolas.

Porém, decidiu adiar por um ano, até 2021, as eleições municipais em Inglaterra previstas para 7 de Maio.

Entretanto, os campeonatos de futebol profissionais masculinos e femininos, incluindo a Primeira Liga, decretaram a suspensão dos jogos até 3 de Abril, a Maratona de Londres foi adiada por seis meses, até outubro, e vários outros eventos foram cancelados ou suspensos.

A rainha Isabel II, de 93 anos, também decidiu adiar compromissos previstos para as próximas semanas por “precaução” e por “razões práticas nas atuais circunstâncias”.

Várias universidades anunciaram voluntariamente que vão deixar de ter aulas presenciais e passar a fazer o ensino à distância, pela Internet.

Hoje, num texto publicado no jornal Daily Telegraph, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que o Governo vai tomar decisões “na altura certa” e que o plano que está a seguir baseia-se em pareceres científicos.

“Temos um plano, baseado na experiência de cientistas líderes mundiais. A imunidade em grupo não faz parte disso. Esse é um conceito científico, não um objectivo ou uma estratégia”, garantiu.

O consultor científico do Governo britânico, Patrick Vallance, defendeu na sexta-feira que parte da população deve ser infectada pelo novo coronavírus para que a sociedade seja “imunizada em grupo” contra surtos futuros.

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Hancock adiantou hoje na BBC que o Governo pretende aconselhar as pessoas com mais de 70 anos, considerados a faixa etária mais vulnerável ao vírus, a isolar-se durante até quatro meses e revelou que nova legislação vai dar à polícia poderes para forçar a quarentena de pessoas que representem um risco para a saúde pública.

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