6.ª Força Nacional Destacada regressou a Portugal
A 6.ª Força Nacional Destacada, constituída por 180 militares, regressou ontem a Portugal, após ter participado durante seis meses na missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro-Africana, foi anunciado.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) portuguesas, este contingente era maioritariamente composto por “tropas especiais paraquedistas”, mas também integrou militares do Exército e ainda “três controladores aéreos avançados” da Força Aérea.
Os militares da 6.ª Força Nacional Destacada estiveram ao serviço da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da RCA (MINUSCA, na sigla inglesa).
De acordo com a nota publicada pela EMGFA, “esta força foi recentemente elogiada” pelo representante especial do secretário-geral das ONU e chefe da MINUSCA, Mankeur Ndiayeo, que “reconheceu o contributo dos militares portugueses para a promoção da paz neste país” e cujas ações “permitiram salvar muitas vidas” na RCA.
A 7.ª Força Nacional Destacada, também constituída por 180 militares, partiu na terça-feira à noite para a República Centro-Africana para integrar a mesma missão naquele país, durante meio ano.
A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.
O Governo centro-africano controla um quinto do território, sendo o resto dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.
Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro do ano passado pelo Governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.
Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA.