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Linha de saúde SNS 24 com mais 112 enfermeiros

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A Linha de saúde SNS 24 tem a partir de hoje mais 112 enfermeiros e capacidade para atender 1.200 chamadas em simultâneo, disse a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

Em conferência de imprensa do final da tarde de hoje no Ministério da Saúde, para fazer o ponto da situação sobre o novo coronavírus que provoca o Covid-19, a secretária de Estado admitiu que a linha de saúde teve constrangimentos devido a um “acréscimo anormal” no crescimento da procura, e disse que vai também entrar em funcionamento outro ‘call center’, com mais 100 profissionais.

A linha SNS 24, afirmou, pode hoje suportar 1.200 chamadas em simultâneo, estando a ser trabalhado um aumento para as 1.500.

Com as ordens profissionais ligadas ao setor da Saúde, o Governo, disse também Jamila Madeira, está a trabalhar para “melhorar a capacidade de resposta” da linha. Também o Ministério da Saúde criou uma nova página sobre o Covid-19.

Jamila Madeira disse também que as entidades do setor “têm vindo a ser reforçadas” com mais meios de proteção. “Temos reservas e recebemos mais material desinfetante e equipamento de proteção”, explicou.

A diretora-geral da Saúde, na mesma conferência de imprensa, insistiu que as medidas de distanciamento social aprovadas pelo Governo só serão eficazes se as pessoas não se deslocaram de um lugar para outro lugar sem se protegerem e sem protegerem os outros, ou se as pessoas não se deslocarem da escola para “um lugar de convívio alternativo”.

“O que pedimos é uma alteração das rotinas durante um curto período”, nomeadamente a de as pessoas evitarem o mais possível o contacto social, disse.

Afirmando que a maior parte das pessoas vai ter a doença de forma ligeira ou moderada, Graça Freitas fez ainda outro pedido: “Vamos tentar não adoecer, ou pelo menos não adoecer todos ao mesmo tempo”.

Graça Freitas disse que se está a trabalhar para se chegar ao melhor modelo de atendimento, que deve ser apresentado à ministra provavelmente no fim de semana, sendo que a convalescença dos doentes deverá ser feita em casa. “O domicílio é onde vai ficar a maior parte das pessoas”, disse.

A responsável também afirmou que está a ser feito um levantamento de material como de ventiladores e a analisar a possibilidade de mobilizar ventiladores de blocos operatórios, caso seja necessário.

Na conferência de imprensa não foi feita qualquer referência à reunião de hoje do Conselho Nacional de Saúde Pública, na qual participou Graça Freitas e também a ministra da Saúde, Marta Temido.

Mas Graça Freitas insistiu, no final, da necessidade de as pessoas passarem o melhor possível pela epidemia, e da importância de não ficarem todos doentes ao mesmo tempo.

Com “pelo menos mais um caso recuperado”, com “doentes a fazer a recuperação em casa”, Graça Freiras deixou outro pedido em jeito de desafio: “Vamos treinar novas atitudes e rotinas”.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A OMS declarou hoje que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou 250 novas mortes, um recorde em 24 horas, e que regista 1.266 vítimas fatais.

O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é agora superior a 17.600, cerca de 2.500 mais do que na quinta-feira e praticamente metade dos quase 35 mil casos confirmados na Europa, onde se registaram perto de 1.500 mortos.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte continua a ter o maior número de casos confirmados (53), seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

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