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Grécia regista primeira morte causada pelo surto de Covid-19

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A Grécia anunciou hoje a primeira morte causada pelo surto de Covid-19, um homem de 66 anos com uma patologia cardíaca anterior e que havia sido hospitalizado na cidade de Patras, na península do Peloponeso.

Segundo as autoridades de saúde, o paciente foi infetado durante uma viagem de grupo a Jerusalém no final de fevereiro, na qual participaram outras 53 pessoas, a maioria a testar positivo ao vírus.

O último relatório de saúde divulgado na quarta-feira à tarde apontava para 99 infeções em todo o território grego.

O Governo do conservador Kyriakos Mitsotakis decidiu na quarta-feira reforçar as medidas de prevenção e, à noite, todos os telefones do país receberam um alerta a recomendar que as pessoas mais vulneráveis fiquem em casa o máximo possível e maximizem a higiene pessoal.

Ao mesmo tempo, foi decidido adiar todos os procedimentos cirúrgicos não urgentes em hospitais públicos.

O Ministério da Saúde também anunciou a contratação imediata de 2.000 profissionais por um período de dois anos.

Desde quarta-feira, todos os centros educacionais também foram fechados e todos os eventos com mais de 1.000 espetadores foram suspensos.

Presidente da Comissão Europeia cancela visita à Grécia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, decidiu adiar a visita a Atenas agendada para hoje, para se concentrar na coordenação da luta europeia contra o surto do novo coronavírus.

Segundo o Governo grego, Von der Leyen comunicou na quarta-feira à noite a decisão ao primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.

Do programa constava uma visita ao campo de refugiados de Eleonas em Atenas e encontros com representantes de organizações humanitárias.

Um dos principais objetivos da visita era obter informações sobre a situação dos refugiados menores não acompanhados.

Surto já fez 4.500 mortos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira a doença Covid-19 como pandemia.

A OMS justificou a declaração com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”.

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, a Direção Geral da Saúde (DGS) atualizou na quarta-feira o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.

As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.

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