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Coronavírus Mundo

Redacções preparam-se para o pior dos cenários

API revela tendências mundiais

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À medida que o COBVID-19 se dissemina, que medidas estão a ser tomadas para assegurar que as Redacções continuem a funcionar e os jornalistas fiquem a salvo de contágio?

A WAN-IFRA (World Association of Newspapers and News Publishers), em que a Associação Portuguesa de Imprensa está filiada, acaba de divulgar algumas informações, citando exemplos do que vai fazendo pelo Mundo.

Assim, o “Washington Post” recomendou ao seu pessoal que trabalhe a partir de casa, sempre que tal seja possível, a partir de hoje (quinta-feira) e até final do mês de Março.

Na Ásia, “The Straits Times”, o mais importante jornal de Singapura, dividiu a sua equipa redactorial em dois grupos, que vão alternando, de duas em duas semanas, entre trabalhar em casa e trabalhar na Redacção, comunicando entre si via Google Hangout.

Em Hong Kong, metade dos jornalistas do “The South China Morning Post” estão a trabalhar desde casa. Quem quer que se tenha deslocado a outras regiões da China tem de ficar de quarentena durante 14 dias e só depois regressar à Redacção.

Em Itália, “Il Vostro Giornale” e o “Genova 24”, que cobrem as regiões de Savona e Genova, não tiveram necessidade de medidas adicionais, pois já funcionavam no regime de trabalho desde casa. O “Corriere della Sera” e a “Gazzetta dello Sport” ainda ontem estavam a ser impressos e a ser distribuídos normalmente pelos pontos de venda. Mas todos os seus jornalistas foram equipados com computadores portáteis , preparados pela Microsoft para reuniões remotas, caso haja necessidade de fechar as redacções por algum tempo.

API garante estar atenta aos problemas

Perante a situação grave que o Mundo está a enfrentar neste momento, provocada pela pandemia de Covid-19, a Associação Portuguesa de Imprensa garante que está a tomar diversas iniciativas com vista a defender os interesses dos seus Associados e minimizar as consequências desta crise global.

Refere ter solicitado já uma audiência ao Ministro da Economia, com carácter de urgência, para lhe dar contas das principais preocupações do sector face a esta crise, bem como solicitar medidas que atenuem os efeitos negativos da situação.

“Estamos a promover contactos internacionais, nomeadamente em Bruxelas, com vista a conseguir a tomada de medidas conjuntas para o sector da Imprensa por parte da União Europeia. Estamos a acompanhar de perto, e de forma directa, a situação de Itália (o País da Europa mais afectado pela crise), para identificar os principais problemas que ali estão a afectar o sector e as soluções que estão a ser adoptadas. Pretendemos, assim, antecipar eventuais efeitos da pandemia na Imprensa em Portugal, bem como a melhor forma de os combater, se tal se mostrar necessário”, revela ainda a API.

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