PSD abandona reunião de Câmara por “défice democrático”
“É lamentável que, num estado de direito e em democracia, tenhamos de assistir a atitudes desta natureza, unilaterais e prepotentes, que apenas confirmam que quem governa este município não tem qualquer capacidade para aceitar opiniões diferentes ou de trabalhar em articulação com a oposição, em nome do bem comum e do que é melhor para o Funchal”.
É desta forma que os vereadores social-democratas justificam o facto de terem abandonado a reunião semanal desta quinta-feira, enquanto a mesma decorria, quando viram as suas propostas serem “alteradas e desvirtuadas, sem qualquer palavra ou explicação do executivo socialista”.
“Os vereadores do PSD/M tiveram de abandonar a reunião de Câmara enquanto esta ainda decorria devido ao gritante défice democrático que se vive nesta casa”, reforçou, à saída, a vereadora social-democrata Joana Silva, lamentando que “as preocupações do PSD, que todas as semanas são expressas junto deste executivo, não sejam tidas em conta ou sequer respeitadas nos seus propósitos”, “isto quando a autarquia “não se apropria das mesmas”, acrescenta.
A vereação social-democrata apresentou, hoje, na reunião de Câmara, uma proposta que visava a compensação aos comerciantes e agentes económicos afectados pelas Obras da Consolidação Estrutural da Encosta Sobranceira à Estrada Comandante Camacho de Freitas, desde a rotunda do Encontro ao Caminho dos Saltos.
A dita proposta tinha por objectivo “compensar os graves prejuízos que estes comerciantes têm enfrentado, perante intervenções que a autarquia estimava concluir no ano passado e que, ainda hoje, se mantêm no terreno, compensação essa que o Executivo, fugindo às suas responsabilidades, mais uma vez quis imputar ao Governo Regional, em nada envolvido neste processo”, explica o PSD.
“Não podemos compactuar com este tipo de atitudes e exigimos respeito pela democracia e que se respeitem, também, as pessoas que estão aqui, democraticamente eleitas, pelos Funchalenses”, rematou a vereadora do PSD.