Turismo com quebra de 20% devido ao coronavírus
Uma quebra de 15 a 20% nos hotéis e agências de viagens é o primeiro balanço das consequências da epidemia do novo coronavírus, segundo o presidente do Governo Regional. Miguel Albuquerque referiu, na conferência de imprensa que decorreu na Quinta Vigia que o Aeroporto Internacional da Madeira, que desde o início do ano registava um aumento de 8,% face ao ano anterior, teve uma quebra de 4% no último mês.
Numa conferência de imprensa em que estiveram presentes membros do Governo e responsáveis por serviços de saúde e protecção vicil, foram apresentadas as medidas de contingência, num momento em que a Região continua sem registar casos positivos de infecção pelo vírus Covid-19.
O plano de contingência está em vigor desde 3 de Fevereiro e na reunião de hoje foram tomadas decisões em relação a sectores como a Educação, Desporto, Cultura, Economia e Turismo.
Na economia, os apoios às empresas serão, além dos que estão em vigor ao nível nacional, nomeadamente o acesso à linha de crédito de apoio à tesouraria, a criação de uma moratória de 12 meses para amortização de subsídios reembolsáveis e prolongamento de prazos de pagamentos especiais por conta e IRC.
Para o Turismo está a ser preparado um plano de acção específico para o relançamento do destino “no momento em que a confiança regressar aos mercados”.
Na Educação, a principal medida é manter os estabelecimentos de ensino em funcionamento. O Governo Regional entende que as escolas são “espaços sob vigilância”, o que permite uma melhor aplicação das medidas de prevenção.
Questionado sobre o que a Região fará se, ao nível nacional, for decidido antecipar as férias da Páscoa, Miguel Albuquerque lembrou que a Madeira tem uma situação diferente da do continente. “Neste momento temos uma zona de risco no Norte de Portugal, casos em Portimão e em Lisboa. Na Madeira não temos. Neste momento não temos qualquer motivo para encerrar as escolas”.
Eventos desportivos cancelados
No Desporto, ficam suspensas as actividades destinadas aos escalões até aos 13 anos, adiados ou anulados os eventos que provoquem ajuntamentos de um número significativo de pessoas, sobretudo os que contam com participantes oriundos de locais de risco.
O Governo recomenda que sejam evitadas as viagens “não essenciais” a locais de transmissão da doença e suspende “todos os eventos excepcionais” no domínio escolar, desportivo, cultural e científico, agendados para Março e Abril.
Governo defende adiamento das viagens de finalistas
Questionado sobre se a Festa da Flor poderia estar em causa, Miguel Albuquerque afirmou que sobre esse cartaz turístico ainda não foram tomadas decisões. “É vidente que consoante a evolução da situação iremos tomar as medidas necessárias”, explica.
Em relação às viagens de finalistas, o o governo recomenda que nãos e realizem. Uma recomendação que Albuquerque espera que “seja cumprida, sobretudo para zonas de risco, porque não há nenhuma necessidade”.
No que diz respeito às medidas de controlo, o presidente do governo garante que está ser feito o que recomenda a Organização Mundial de Saúde, com controlo na origem e comunicados às entidades competentes.
Albuquerque referiu-se a um caso concreto de um iate italiano que chegará à Região e ficará ao largo em quarentena “por estar proibido de atracar”.
Hospital pronto “para qualquer situação”
“O hospital está preparado para qualquer situação que surja”, garante Miguel Albuquerque que diz haver “o conjunto de equipamentos necessários para fazer face a qualquer situação”.
Os visitantes, sublinha, respondem a um inquérito nas unidades hoteleiras, entre outras medidas de controlo.
Dinamarqueses processados
Albuquerque comentou o caso do casal dinamarquês que não respeitou a obrigação de quarentena no seu país e veio para a Madeira.
“Recebemos a informação e foi graças a isso que conseguimos fazer o sue isolamento e controlar a situação”, explica.
O presidente do Governo Regional considera a situação grave, “um caso criminoso” que deve ter medidas legais.