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Madeira

Sérgio Marques insta Governo da República a “inverter rumo de empobrecimento relativo do País”

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“Faz sentido que a União Europeia desenvolva todos os esforços para reforçar a sua segurança, defesa e a protecção dos seus cidadãos e a Cooperação Estruturada Permanente (CEP) é o mais recente passo dado com este objectivo. Todavia, é importante que Portugal agarre esta oportunidade única de modernização das suas Forças Armadas, aumentando o nível da despesa de investimento e da dedicada à investigação, desenvolvimento e inovação na área da defesa”. A afirmação é do deputado Social-democrata Sérgio Marques que, esta manhã, na Assembleia da República, deixou clara a necessidade de o Governo da República participar activamente neste processo de cooperação, entendido enquanto “uma oportunidade única de contribuirmos para o reforço da vertente Atlântica da União Europeia (agora desguarnecida pelo Brexit), mas, também, para pormos em relevo o nosso recurso estratégico mais relevante – o mar que preenche e circunda o nosso triângulo territorial: Continente / Açores e Madeira – e de renovarmos, apetrecharmos e melhor operacionalizarmos os nossos Corpos de Segurança”.

Sérgio Marques fez questão de sublinhar na sua intervenção a necessidade de contrapor “as graves carências com que, actualmente, se debatem as Forças Armadas, sob pena de comprometermos a nossa participação plena na Cooperação Estruturada Permanente (CEP), assim como o acesso de Portugal ao Fundo Europeu de Defesa e o desenvolvimento da nossa base tecnológica e industrial, no sector da defesa, da qual resultam efeitos benéficos para toda a nossa economia, pelo envolvimento crescente de novas PME’s em actividades ligadas ao ‘cluster’ aeronáutico, à indústria de construção naval, à ciberdefesa, ao têxtil, entre outros”.

O deputado referiu ainda que Portugal não pode perder esta oportunidade de alavancar o seu crescimento económico. Recordou que, nos últimos anos, a Lituânia, Eslováquia, Estónia e Polónia, “já nos passaram à frente” e que, a este ritmo, “não tardará muito para estarmos, de novo, na cauda da Europa”. Criticou as declarações do Primeiro-Ministro, que disse que as perspectivas de crescimento são condicionadas pelas obrigações decorrentes da adesão de Portugal à moeda única ou pela enorme dívida pública, “quando sabemos que vários países da zona euro crescem bem mais do que nós e que os actuais juros baixos removeram grande parte dos entraves que a enorme dívida pública poderia constituir”.

Vincou, acima de tudo, que “são factores endógenos, que as políticas do Governo da República não conseguem ultrapassar e que limitam o nosso crescimento”, sendo “imperioso que se consiga inverter este rumo”.

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