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Guaidó diz ter consolidado apoio externo e pede mais pressão interna

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O líder da oposição venezuelano, Juan Guaidó, apelou à população para que adira massivamente à marcha convocada para amanhã e insistiu que é preciso reativar a pressão interna.

“Já consolidámos o apoio do mundo para executar, em conjunto, uma agenda de pressão para a Venezuela, agora temos que reativar a pressão interna”, disse aos jornalistas.

Segundo o autoproclamado Presidente Interino, Juan Guaidó há uma correlação entre os esforços de mobilização interna da oposição e os encontros que o Presidente dos EUA, Donald Trump tem tido com os homólogos da Colômbia, Brasil e Equador, para conseguir uma mudança de regime na Venezuela.

“É claro que há uma correlação entre as reuniões de (Donald) Trump com o Presidente Bolsonaro (Jair, do Brasil), com o presidente Duque (Iván, da Colômbia) e com Moreno (Lenin, do Equador), com todo o esforço que estamos a fazer na Venezuela”, disse.

O líder da oposição explicou que, em Caracas, a marcha partirá desde Chacaíto (leste) até à Assembleia Nacional e que amanhã será entregue um panfleto com instruções aos manifestantes, com uma marca de água, para manter bem informada a população sobre o que fazer em caso de alguma tentativa de bloqueio por parte das autoridades.

“A ditadura não tem apenas o monopólio da segurança, mas do terror e da violência. Já anunciaram uma contramarcha, e hoje colocaram viaturas militares nas ruas. Amanhã vamos validar uma reclamação nacional”, disse.

A oposição marchará esta terça-feira em Caracas e em vários Estados do país, para reclamar contra a inflação elevada, a falta de água, de luz, de internet e de rede telefónica. Também, para exigir uma mudança de regime.

Por outro lado, o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do ‘chavismo’, depois do Presidente Nicolás Maduro, convocou os simpatizantes a manifestarem-se pela paz, a liberdade, a soberania e em reconhecimento da mulher venezuelana.

A marcha “bolivariana” terá lugar a partir da Plaza Morelos (centro) até à esquina de San Francisco (centro) onde está situado o Palácio Federal Legislativo, a sede do parlamento.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o presidente da Assembleia Nacional, e líder da oposição ao regime, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e promover eleições livres no país.

Mais de 50 países apoiam o autoproclamado Presidente Interino da Venezuela, entre eles Portugal, uma decisão tomada no âmbito da União Europeia.

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