RIR quer acabar com “mancha” da mendicidade no Funchal
Roberto Vieira considera mesmo a mudança da lei, o internamento compulsivo e a penalização para quem pede na rua
“Uma mancha” é como o partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) fala da mendicidade na cidade, um problema que nota em crescimento e ao qual é preciso responder. O acompanhamento deveria ser obrigatório e mesmo o tratamento compulsivo e a penalização consideradas, defende. “A mendicidade cresce de forma incontrolada na nossa cidade, sem que as entidades tomem medidas, são madeirenses e estrangeiros, pedem usando animais, deficiências ou mesmo feridas expostas, tudo vale para conseguir um euro e nada se faz para combater este flagelo”, afirmou Roberto Vieira num texto enviado à redacção.
O dirigente do partido, que já esteve em outras forças políticas e que inclusive já fez parte da coligação Mudança na Câmara do Funchal, acusa o Município de ter passado a responsabilidade para uma instituição que no terreno “pouco tem feito”, para além de colocar cacifos. “Alguns não passam de depósitos de roupa suja e bebidas alcoólicas, havendo mesmo aqueles que estando limpos por fora, são atentados à saúde pública por dentro”.
Roberto Vieira reconhece que há quem não queira ser ajudado. No entanto não aceita isto como justificação. “Muitas destas pessoas têm problemas de saúde mental, que devem ser tratados, mesmo que com recurso a internamento, ou noutros casos, através da Segurança Social, que deverá proporcionar dormitórios comunitários, com instalações sanitárias, onde quem dorme na rua teria que pernoitar e cuidar da sua higiene pessoal, sob pena de uma penalização qualquer”.
O líder do RIR na Madeira entende que há que salvaguardar a imagem da cidade e a saúde pública e que a Câmara tem de agir. “Os bancos da Rua Fernão Ornelas, contruídos com pompa e circunstancia, com cantaria da Madeira, servem de dormitório para esta gente e a Câmara não faz nada”. Outro caso é a barraca montada junto à Praça da Autonomia.
“Se necessário, mudemos a lei, pois a mendicidade é um problema grave, que não devia existir, mas não pode continuar a servir, para alguns grupos organizados, enriquecerem à custa de quem pede, bem como para matar vícios que podem e devem ser tratados!”, conclui.