Trump manifesta disponibilidade para ajudar iranianos em caso de coronavírus
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse estar pronto para ajudar os iranianos a lidar com a epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus, se o país o solicitar.
“Se pudermos ajudar os iranianos nessa questão, certamente estamos prontos para fazê-lo (...). A única coisa que eles precisam fazer é pedir [ajuda]”, disse Trump, à margem de uma reunião de conservadores nos arredores de Washington.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Irão conta com 593 pessoas infetadas, sendo que foram registados no país até às 16:00 de hoje 43 mortos.
Os Estados Unidos registaram hoje a primeira vítima mortal, com um total de 62 pessoas infetadas.
Em junho de 2019 um confronto militar entre os Estados Unidos e o Irão é evitado no último momento, com a anulação por Donald Trump de ataques que tinha ordenado, depois de o Irão ter abatido um ‘drone’ [aparelho aéreo não tripulado] norte-americano na zona do Estreito de Ormuz.
Em 03 de janeiro de 2020, o poderoso general iraniano Qassem Soleimani, comandante de uma unidade de elite, é morto em consequência de um ataque norte-americano com ‘drones’ no aeroporto de Bagdad.
Cinco dias depois, o Irão ataca com dezenas de mísseis bases da coligação internacional que albergam militares norte-americanos no Iraque.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.933 mortos e infetou mais de 85 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 58 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 39 mil recuperaram.
Além de 2.838 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong, Taiwan e Estados Unidos da América.
Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 70 casos suspeitos de infeção, três dos quais ainda estavam em estudo sábado.
Os restantes 67 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.
A DGS manteve na sexta-feira o risco da epidemia para a saúde pública em “moderado a elevado”.