Há 25 anos, AMRAM tentava travar a chegada da ‘Raspadinha’ à Madeira
A Madeira tinha o ‘Raspa’, no continente havia a ‘Raspadinha’. As duas versões de jogo instantâneo eram um sucesso, em meados da década de 1990, mas o convívio entre os jogos promovidos pela Associação de Municípios da RAM, na Madeira e pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no continente, não era fácil. A intenção de trazer a ‘Raspadinha’ para as regiões autónomas gerou o protesto imediato das associações de municípios da Madeira e dos Açores que temiam uma quebra drástica nas receitas que representavam mais de uma dezena de milhões de euros.
Na edição de 28 de Fevereiro de 1995, o Diário destacava a intenção da Santa Casa da Misericórdia de vender a ‘Raspadinha’ em todo o território nacional e a reacção dos promotores do ‘Raspa’, um jogo que estava completar uma década desde a sua criação na Madeira.
A AMRAM e a sua congénere açoriana protestaram, em primeiro lugar junto do ministro do Emprego e Segurança Social, Falcão e Cunha, que tutelava a Santa Casa e, mais tarde, junto dos tribunais.
A vinda da ‘Raspadinha’ para as regiões autónoma foi travada durante cinco anos. Só em 2000 foi permitido vender o jogo instantâneo nacional nas regiões.