Sobe para 32 número de casos de coronavírus em Espanha
As autoridades de saúde espanholas contabilizaram até ao momento 32 casos positivos de coronavírus no país, os quais encontram-se em “boas condições”, incluindo o mais grave, um homem de 77 anos em Madrid.
A informação foi avançada pelo director do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, em conferência de imprensa, após a reunião diária do Comité de Acompanhamento de Coronavírus, presidido pelo ministro da Saúde, Salvador Illa.
Dos 32 casos, dois já tiveram alta, existindo, no entanto, oito casos positivos na Comunidade Valenciana, seis nas Ilhas Canárias e outros seis na Andaluzia, cinco em Madrid, três na Catalunha, dois em Castela e Leão, um nas Ilhas Baleares e outro em Aragão.
“Não se está a planear fazer novas recomendações, iremos acompanhar de perto e avaliar as opções de acção caso o cenário mude; se for necessário mudar em duas horas, isso será feito, dois dias ou em duas semanas, caso contrário, não será feito”, salientou Fernando Simón.
Questionado sobre uma possível suspensão de eventos como Las Fallas, festa típica da cidade de Valência, ou jogos de futebol, o responsável da saúde pública descartou que, no cenário actual, essa suspensão não foi levantada, embora seja decidido no momento e tendo em conta que “cada situação exige as suas especificidades”.
“Se na Itália os jogos são realizados à porta fechada, não faria sentido que milhares de adeptos viessem a Espanha”, afirmou Simón, embora insistisse que “Espanha não está a adoptar nenhuma medida de distanciamento social e controlo de massas”.
“Quando se tomam medidas, são avaliadas”, acrescentou.
Fernando Simón recomendou, em caso de suspeita de contágio, a ligar para o número de emergência 112 em vez de ir a uma clínica ou a um centro de saúde.
“Os casos que temos novos são importados e, embora o volume seja maior de notificações”, existem apenas três casos de pessoas que foram infectadas em Espanha e dos quais é feita uma investigação exaustiva, dois de Madrid e um paciente de Sevilha.
“O facto de a origem dessas infecções ainda não ter sido identificada não implica que não possa continuar com o mesmo nível de contenção”, concluiu Simón.
O Covid-19, detectado em Dezembro na China e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infectou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.
Das pessoas infectadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.