Cristiano Ronaldo diz que “é triste jogar sem público, mas saúde é o mais importante”
O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo afirmou hoje que será “triste” disputar o jogo Juventus-Inter de Milão sem público nas bancadas, devido à propagação do coronavírus Covid-19 em Itália, mas ressalvou que “a saúde é o mais importante”.
“O jogo com o Inter vai ser fantástico. Estamos tristes por não termos os nossos adeptos presentes, mas a responsabilidade mantém-se inalterada. Vai ser estranho disputar um jogo desta importância sem público. Não é bom, mas a saúde continua a ser o mais importante. Temos de respeitar a decisão de jogar à porta fechada”, disse Ronaldo, em entrevista à Sky Sport Italia.
A Liga italiana confirmou oficialmente, na quinta-feira, que o jogo entre a líder Juventus e o Inter de Milão, terceiro colocado, agendado para domingo, bem como outras quatro partidas da ‘Serie A’, vai ser disputado à porta fechada, como medida de prevenção devido ao coronavírus Covid-19.
Esta decisão da Liga italiana vem confirmar o anúncio efetuado pelo Governo, na segunda-feira, de realizar jogos à porta fechada em seis regiões do norte do país: Lombardia, Veneto, Piamonte, as três mais afetadas pelo coronavírus, Friuli Venezia Giulia, Liguria e Emilia Romagna.
Nestas seis regiões, todas as competições desportivas com público tinham sido proibidas até domingo à noite, como parte da luta contra a propagação do Covid-19, que já causou 21 mortos em Itália.
O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.