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Madeira

Presidente do Governo Regional disponível para receber directores de saúde demissionários

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, manifestou-se hoje disponível para dialogar com os directores de serviço do Serviço de Saúde da Região Autónoma (Sesaram) que apresentaram a demissão em protesto pela nomeação do novo director clínico.

“Nós sempre manifestámos, em todas as circunstâncias, a nossa disponibilidade para o diálogo. É assim que se resolvem as situações”, afirmou Miguel Albuquerque, à margem de uma iniciativa governamental em Câmara de Lobos, vincando que o processo envolve “pessoas adultas e responsáveis”.

Cerca de 30 directores de serviço e coordenadores de unidades do Sesaram apresentaram a demissão na sequência da tomada de posse do novo director clínico, Mário Pereira, no início do mês, avançando depois com um aviso de renúncia do cargo, cujo prazo ainda decorre.

Os demissionários decidiram, após uma reunião, na quarta-feira, solicitar uma audiência com “carácter de urgência” ao presidente do Governo Regional para abordar a questão, vincando que se trata de uma “derradeira tentativa” para fazer regressar “a normalidade” à prestação de cuidados de saúde na região.

“O problema exige diálogo”, reconheceu Miguel Albuquerque, indicando que sempre soube “ouvir e falar com as pessoas”, pelo que “não vale a pena fazer dramatizações”.

Os directores de serviço demissionários reafirmaram, esta quarta-feira, a sua posição contra o novo director clínico, por se tratar de uma “pessoa que está adstrita aos partidos” do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP e ao “abrigo de um acordo de governo”, no âmbito do qual o cargo seria entregue a um representante do CDS-PP.

Mário Pereira, médico ortopedista do Sesaram e ex-deputado centrista na Assembleia Legislativa da Madeira, foi, na qualidade de parlamentar, um dos maiores críticos do Sistema Regional de Saúde.

“Neste momento, temos de continuar a apostar no processo de diálogo”, afirmou Miguel Albuquerque, realçando, por outro lado, que o executivo está agora “mais preocupado” com o plano de contingência para o coronavírus (Covid-19), devido ao alastramento da doença no continente europeu.

“É preciso estarmos preparados para esta contingência. Neste momento, é a prioridade”, reforçou.

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