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MNE vai explicar na AR posição portuguesa sobre suspensão de voos da TAP na Venezuela

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vai explicar à comissão parlamentar a posição de Portugal relativamente à decisão das autoridades venezuelanas de suspender, por 90 dias, as operações da TAP para aquele país.

A audição, com data ainda a definir, foi pedida pelo grupo parlamentar do PSD e pelo deputado que representa o partido Chega, e aprovada hoje pela unanimidade dos deputados da comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

O ministro referiu na quarta-feira, à saída de uma outra audição parlamentar, que o assunto “está a ser resolvido através dos canais diplomáticos”.

O Governo venezuelano acusou a companhia aérea portuguesa de ter violado “padrões internacionais”, por alegadamente ter permitido o transporte de substâncias explosivas e por ter ocultado a identidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, num voo para Caracas, e decidiu suspender por 90 dias os voos da TAP para a Venezuela.

“A partir do momento em que essa decisão foi tomada, Portugal activou os canais diplomáticos para conseguir um objectivo que é levantar a suspensão”, garantiu o ministro na quarta-feira.

“Não posso garantir que o seja porque essa é uma decisão das autoridades venezuelanas, mas posso garantir que farei tudo -, aliás, já estou a fazer - com todos os meios diplomáticos ao meu dispor para que a suspensão seja levantada”, reforçou Santos Silva.

A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) publicou um relatório, na semana passada, no qual refere que a TAP e o aeroporto de Lisboa não violaram as regras de segurança no caso do voo para a Venezuela.

Segundo o Governo venezuelano presidido por Nicolas Maduro, o tio de Guaidó, Juan Marquez, que acompanhava o sobrinho nesse voo, transportou “lanternas de bolso tácticas” que escondiam “substâncias químicas explosivas no compartimento da bateria”.

Assim, as autoridades venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros, embora a segurança aeroportuária não seja da responsabilidade das companhias transportadoras.

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