Barreto faz apelo aos médicos e pede “respeito” ao bastonário
O líder do CDS, em declarações exclusivas ao DIÁRIO, faz um apelo à comunidade médica da Região e reage à posição assumida pelo bastonário da Ordem dos Médicos, que ontem, sugeriu a saída de Mário Pereira da direcção clínica do SESARAM.
Rui Barreto volta a referir que “o sistema precisa de paz e todos temos, em primeiro lugar, de pensar nos madeirenses.” Para o também secretário Regional da Economia “quando se muda, há sempre resistências e aquilo que se pretende é mudar, para melhor, o SESARAM.”
Um dia depois da tumultuosa reunião de médicos na biblioteca do Hospital Dr. Nélio Mendonça, em que participaram o bastonário, o secretário da Saúde, Pedro Ramos e o próprio director clínico, e onde a maioria dos presentes ‘votou’ pela saída de Mário Pereira do cargo, Barreto vem fazer fé na manutenção do ex-deputado do CDS no cargo.
Perante o agudizar da situação no serviço regional de Saúde, Rui Barreto volta a apelar aos médicos para que “assumam uma postura de tranquilidade”. O responsável afirma que “a Região tem de contar com todos, independentemente das nossas divergências partidárias pontuais, ou de gostarmos mais, ou menos, uns dos outros”.
Sobre o desafio feito por Miguel Guimarães, o líder do CDS-M sublinha que respeita “a figura institucional, mas sou claro numa questão: na Madeira, devem ser os madeirenses que, em primeiro lugar, têm a responsabilidade de resolver os seus problemas. Respeito a opinião, pedindo ao Sr. Bastonário que também respeite a nossa autonomia, da mesma forma que não são os madeirenses que têm de dar ordens sobre o caos que se instalou nos hospitais públicos do território continental, caos esse que é expresso, diariamente, pela imprensa”.
No encontro que se realizou ontem, o bastonário para além de pedir a saída de Mário Pereira da direcção clínica, sugeriu que a escolha do próximo responsável seja feita através de uma consulta pública à comunidade médica do SESARAM.
Segundo apurámos o encontro no ‘Nélio Mendonça’ foi muito tenso, com ânimos exaltados e até com apupos a alguns dos profissionais.