Brasil excede 6,7 milhões de infecções
O Brasil ultrapassou hoje a barreira das 6,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus (6.728.452), após ter contabilizado 53.453 novos casos nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde.
Em relação ao número de mortes, o país sul-americano somou 836 óbitos entre terça-feira e hoje, totalizando 178.995 vítimas mortais devido à covid-19.
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, registou mais de 800 óbitos e de 50 mil novos diagnósticos positivos.
Geograficamente, São Paulo (1.306.585), Minas Gerais (444.800), Bahia (431.786) e Rio de Janeiro (378.084) são os Estados que concentram maior número absoluto de infetados.
Por outro lado, as unidades federativas com mais mortes são São Paulo, (43.461), Rio de Janeiro (23.430), Minas Gerais (10.429) e Ceará (9.762).
Ainda segundo dados do Governo, a taxa de incidência da covid-19 no país está em 85 mortes e 3.202 casos por cada 100 mil habitantes.
No Brasil, país com cerca de 212 milhões de habitantes, mais de 5,9 milhões de pacientes recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus, enquanto que 647.946 infetados estão sob acompanhamento médico, quer em hospitais, quer nas suas residências.
Após o Brasil ter registado um aumento nas mortes e infeções pelo novo coronavírus nas últimas semanas, o Presidente do país, Jair Bolsonaro, avaliou hoje que o Governo "se comportou muito bem" na pandemia.
"O Brasil olha para nós. Tem um Presidente e um vice-presidente que são militares. Buscam com lupa possíveis defeitos, procuram de todas as maneiras, até mesmo para desacreditar. Passamos neste ano um momento dificílimo com a pandemia", começou por analisar o chefe de Estado, num evento das Forças Armadas, em Brasília.
"Juntamente com os nossos colegas, ministros civis, comportamo-nos muito bem. Não só na questão da economia, assim como na busca para diminuir o sofrimento dos nossos irmãos", acrescentou Bolsonaro, que é considerados um dos mandatários mais céticos em relação à gravidade da pandemia em todo o mundo.
No momento em que o executivo brasileiro vem sofrendo pressões por ter indicado "março" ou "final de fevereiro" como datas para iniciar a vacinação no país, o Ministério da Saúde informou hoje que poderá antecipar a imunização ainda para o corrente mês, ou para o início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização de emergência junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador).
"Se a Pfizer conseguir a autorização de emergência e nos adiantar alguma entrega, o início da vacinação pode acontecer no final de dezembro ou em janeiro, mas em quantidades pequenas, de uso de emergência", afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em entrevista ao canal televisivo CNN Brasil.
A vacina da Pfizer começou a ser aplicada no Reino Unido na terça-feira, no mesmo dia em que o Governo brasileiro anunciou a intenção de comprar 70 milhões de doses do imunizante fabricado pela farmacêutica norte-americana.
Pazuello garantiu ainda que se a Coronavac, potencial vacina chinesa contra a covid-19, receber o aval da agência reguladora, será usada no plano de imunização.
Em relação ao Programa Nacional de Imunização (PNI), o ministro informou que caberá ao Governo Federal distribuir as doses das vacinas contra a covid-19, por via aérea e rodoviária, às 27 unidades federativas que, por sua vez, ficarão responsáveis por fazer a distribuição entre cidades e municípios e por executar a vacinação.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.557.814 mortos resultantes de mais de 68,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.