Desporto

Litígio entre empresário e Marítimo pelo pagamento de comissão vai a julgamento em Abril

Foto Hélder Santos/Aspress
Foto Hélder Santos/Aspress

O processo cível que opõe o empresário de jogadores de futebol Emerson Dias à sociedade anónima desportiva (SAD) do Marítimo, relacionada com um pagamento de 225 mil euros, vai a julgamento a 9 de Abril do próximo ano, no Juízo Central Cível do Funchal (Edifício 2000).

A acção foi interposta pelo representante brasileiro no início de Fevereiro deste ano e no passado dia 23 de Novembro foi realizada uma audiência preliminar entre as partes, mas não houve qualquer proposta de acordo da parte do clube madeirense, pelo que foi agendado julgamento. Todas as testemunhas serão ouvidas a 9 de Abril, a partir das 14h00, através de videoconferência, as de Portugal através do tribunal da área do seu domicílio e a testemunha residente no Brasil pelo sistema Webex.

Na referida acção, Emerson Dias reclama ao Marítimo o pagamento de 225 mil euros. O caso está relacionado com a venda do central brasileiro Raul Silva pelo emblema verde-rubro ao Braga, ocorrida há três anos. O defesa, natural de Belém do Pará, chegou ao Marítimo no início de 2015. Num contrato com a validade de duas épocas e meia assinado pelo presidente Carlos Pereira, a SAD do clube madeirense comprometia-se, “em caso de futura venda do atleta a outro clube”, a pagar ao seu agente, Emerson Dias, “o valor correspondente a 15 por cento do valor líquido por si recebido em consequência da referida transferência”, isto já depois de deduzidos todos os encargos legais e fiscais.

Efectivamente, no início de 2017, Raul Silva acabaria por ser vendido ao Sporting Clube de Braga por 1,5 milhões de euros. Contudo, na conta do empresário brasileiro alegadamente não entrou um cêntimo desta transacção. Emerson Dias ainda terá tentado convencer, a bem, o Marítimo a cumprir aquilo que, no seu entender, teria direito. Mas sem sucesso, pois a administração presidida por Carlos Pereira considerou que o agente de Raul Silva não desempenhou qualquer papel de intermediação no negócio, pelo que nada tinha a receber. Esgotadas as vias normais para resolver o litígio, em Fevereiro de 2020 Emerson Dias intentou uma acção no Juízo Central Cível do Funchal a exigir o pagamento dos 15% da receita que o Marítimo obteve com a transferência, ou seja, 225 mil euros.

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