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SITAVA lamenta falta de acesso a toda a informação sobre reestruturação da TAP

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O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) lamentou hoje que a administração da TAP se recuse a dar mais informações sobre o plano de restruturação da companhia.

Em comunicado, o SITAVA lamenta que a reunião com a administração da TAP, a pedido dos sindicatos, tem sido "mais do mesmo".

"Pedimos a reunião para obtermos informações sobre o tão badalado plano de reestruturação e saímos exatamente como entrámos, ou seja, sem nada", refere o SITAVA.

"Os responsáveis da empresa fizeram a já habitual descrição das dificuldades que a TAP, tal como todas as suas congéneres estão a atravessar, e quanto à recuperação teimam em continuar a considerar que nada se alterou com o aparecimento da vacina e início mundial da sua aplicação que, segundo as autoridades de saúde, ocorrerá no início de 2021", descrevem.

O SITAVA diz, assim, que é "difícil imaginar situação mais estranha e perigosa".

"Por um lado, mostraram-nos 13 slides de um total de 198, que -- segundo o CEO [presidente executivo] -- o plano tem; por outro lado, quando pedimos mais informação relevante dizem-nos que é confidencial e que nos entregarão mais alguma se assinarmos um acordo de confidencialidade, acrescentando ainda que não poderemos divulgá-la, nem aos nossos associados", refere.

Segundo o sindicato, durante a reunião, voltou a falar-se mais uma vez na intenção de fazerem cortes nos salários dos trabalhadores "como se estes fossem um simples salame, onde se podem retirar fatias sem que isso atinja a subsistência dos trabalhadores e das suas famílias".

"Além disso falam também com cada vez maior insistência que os acordos de empresa vão ser suspensos. À nossa pergunta por quanto tempo, não sabem, assim como também não sabem se a suspensão é total ou parcial", acrescenta o SITAVA, sublinhando que "quando se faz um acordo são sempre precisas duas partes que, voluntariamente, outorgam esse acordo".

"Suspendê-lo será sempre um ato prepotente que, a acontecer, terá que ser com intervenção do Governo", refere.

O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) reiterou também hoje a necessidade de adiamento da entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, prevista para quinta-feira.

O Governo esteve reunido esta noite em Conselho de Ministros extraordinário para apreciar o plano de reestruturação da TAP, segundo disse hoje fonte do executivo à agência Lusa.

A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até quinta-feira é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários, divulgaram os sindicatos, após reuniões com a administração do grupo.

O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) têm vindo a apelar ao Governo para que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".

SPAC insiste no adiamento da entrega do plano de reestruturação à Comissão Europeia

O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) reiterou hoje a necessidade de adiamento da entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, prevista para quinta-feira, depois do Conselho de Ministros extraordinário realizado esta noite.

"Retomamos os pedidos tantas vezes repetidos e que só são justificados pela volatilidade sem precedentes da situação atual: desenvolvam-se todos os esforços necessários para adiar a apresentação do plano à Comissão Europeia", apela o SPAC numa nota aos seus associados, a que a Lusa teve acesso.

"Assegure-se que o plano assenta em pressupostos de evolução do mercado reais e numa visão estratégica do papel da TAP para o desenvolvimento do país, para o qual todos estamos dispostos a fazer os necessários sacrifícios", acrescenta.

Em causa está, segundo o sindicato, um comunicado divulgado na segunda-feira pelo Conselho de Administração da TAP sobre as projeções de retoma da procura utilizadas na elaboração do plano de reestruturação da TAP que citam os pressupostos assumidos pela IATA, em 24 de novembro, de que as vacinas serão distribuídas na segunda metade de 2021, embora pareça "provável que existirão desafios de produção e distribuição".

"É este o cerne do problema para o qual temos vindo a alertar: nesta data, não existe nenhuma projeção de mercado que reflita os últimos desenvolvimentos relativos à aprovação, produção e distribuição de vacinas (que, como sabemos, arranca generalizadamente, sem problemas de produção e distribuição, em janeiro de 2021)", refere.

"Os sindicatos sabem que não existe, a BCG sabe que não existe, a administração da TAP sabe que não existe", sublinha.

O SPAC considera assim que a TAP está apenas a cumprir "zelosamente um burocrático dever", "sem real preocupação pela defesa da empresa ou consideração pelos milhares de postos de trabalho afetados" e se prepara para aprovar um plano de reestruturação baseado numa projeção de mercado "que sabe mal fundamentada, impondo um 'downsizing' [redução] brutal à TAP do qual a empresa jamais recuperará".

Isto, continua, "debaixo do aplauso de competidores, como a Ryanair, que prepara uma enorme expansão da frota já em 2021".

O Governo esteve reunido esta noite em conselho de ministros extraordinário para apreciar o plano de reestruturação da TAP, segundo disse hoje à agência Lusa fonte do executivo.

A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até quinta-feira é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários, divulgaram os sindicatos, após reuniões com a administração do grupo.

O SPAC e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) têm vindo a apelar ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".

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