Madeira

“Gostávamos que quem gere a cidade fizesse mais por quem aqui vive”, diz João Paulo Marques

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“Hoje são cada vez mais as pessoas que acham que o Funchal está efectivamente pior e é hora de começarmos a traçar um novo rumo para esta cidade” afirmou, esta quarta-feira o deputado municipal João Paulo Marques, no arranque do debate sobre o Estado da Cidade do Funchal, debate esse requerido pelo PSD, em sede de Assembleia Municipal Extraordinária.

Uma oportunidade em que o social-democrata lembrou as diferentes promessas por cumprir pelo executivo municipal, tanto do ponto de vista social como económico mas, também, as incongruências e as inúmeras contradições que caracterizam a gestão municipal.

“Como todos sabem, este tipo de debate não é inédito noutras paragens. Há o estado da nação, o estado da Região, e há, também, o estado a que o Funchal chegou. O administrador de empresa municipal que sai por vontade pessoal, mas que o executivo garante que se demitiu. A água cobrada a preço de ouro aos consumidores, mas que nunca se paga a quem a fornece. O investimento planeado até 2030, quando nem se consegue executar o que está planeado para o presente. Os investimentos repetidamente adiados nas freguesias do Funchal. O boicote contínuo às medidas que são aprovadas nesta Assembleia”, elencou, na ocasião, João Paulo Marques, deixando outros exemplos de uma actuação que o PSD contesta, propondo, em sentido inverso, uma reflexão séria e responsável para o futuro da cidade e em nome de todos os funchalenses.

“Afirmar o futuro do Funchal é reduzir a carga fiscal sobre os comerciantes e aumentar a devolução de impostos às famílias. Afirmar o futuro do Funchal é dar oportunidade a que as jovens famílias possam arrendar a preços competitivos regressando ao centro da cidade que os viu nascer. Afirmar o futuro do Funchal é criar nos serviços camarários uma via verde para o investimento, facilitando a a vida a quem quer acrescentar valor à cidade. Afirmar o futuro do Funchal é apoiar os que mais precisam e dar-lhes condições para saírem da rua e refazerem a sua vida”, vincou, a este propósito, o deputado municipal, apelando a que, de uma vez por todas, cada munícipe questione se o Funchal está melhor ou não do que estava em 2013.

“No nosso entender - e no entender de um número cada vez mais expressivo de pessoas - a realidade hoje está bem pior, tanto do ponto de vista do investimento (convém lembrar que, em 2019, este executivo conseguiu atingir a mais baixa taxa de execução financeira, da última década, na cidade do Funchal e que, do seu próprio plano de investimentos, o apenas conseguiu executar uns míseros 37%), mas também do ponto de vista do apoio a quem mais precisa, às famílias e empresas que se viram abandonadas por esta vereação e, acima de tudo, pela falta de visão de futuro que reina nesta autarquia”.

“Da nossa parte, gostávamos que quem gere a cidade fizesse mais por quem cá vive, especialmente neste último ano de mandato, até porque governar a cidade não pode ser apenas dar umas voltas e tirar umas fotografias a condizer”, criticou o deputado municipal.

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