Madeira

“À partida temos um elevado grau de segurança com a vacina"

Ordem dos Farmacêuticos na Madeira crê na segurança da vacina da Covid-19. Efeitos surpresa, só em caso de algum que só seja possível detectar numa aplicação massiva

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Foto EPA/VICTORIA JONES

Começou ontem a ser administrada no Reino Unido a vacina da Covid-19 criada pela Pfizer, mas tanto lá, como em geral, há um sentimento de receio associado à nova vacina, criada em tempo recorde. O presidente da direcção da Delegação da Madeira da Ordem dos Farmacêuticos diz que para já não há motivos para receio.

Apesar de ser a primeira vez que há uma vacina em distribuição contra o SARS-CoV-2, o vírus que mudou o mundo no último ano, toda a investigação e trabalho realizados nestes meses foram precisamente no sentido de torná-la segura, sublinha Tiago Magno. “Todos os ensaios clínicos que se fizeram até agora foram precisamente no sentido de detectar os efeitos secundários, doses máximas”, explicou. “À partida temos um elevado grau de segurança com a vacina. Claro que não vai subtrair o facto de estar a ser administrada agora em grandes agrupamentos públicos”, salvaguardou.

Tiago Magno diz que esta aplicação massiva será acompanhada de avaliação e crê que a vacina não sairia para o mercado, se não fosse segura. "Os modelos que já se criaram, os algoritmos, já se sabe à partida os efeitos. Digamos que os principais e os mais prejudiciais foram eliminados e ela é segura. Claro que obviamente vamos sair de um ensaio de laboratório na fase final, em que já temos uma amostragem significativa de pessoas que já a testaram, e  vamos começar agora a administração pública, a distribuição. À partida os efeitos serão minimamente contidos, a não ser que haja realmente mais algum que tenha escapado e que só seja possível de demonstrar através de uma população mais abrangente”.

Alguns estudos ainda continuam, há outras vacinas de diferentes laboratórios em fase final. Isto assim como a aplicação num grande número de pacientes pode significar no futuro nova informação sobre a vacina.

Sobre a desconfiança de algumas pessoas em relação à vacina, a resistência inicial, o representante da Ordem dos Farmacêuticos diz que é normal, dado ser algo novo. “Isto é uma vacina feita em tempo recorde, as pessoas têm mais receio por esse facto”. E compara com o tempo de existência da Gripe o desenvolvimento da vacina contra esta.

É de esperar ainda que com o tempo outras vacinas mais evoluídas surjam.

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