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Exército dos EUA demite ou suspende 14 militares devido a actos de violência

Foto DR
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O Exército norte-americano anunciou ontem o afastamento de 14 oficiais e soldados em Fort Hood, Texas, e ordenou alterações internas para contrariar as falhas na liderança após situações de violência generalizada que incluem assassínio, intimidações e agressões sexuais.

Dois oficiais generais incluem-se entre os que serão afastados das suas funções, após a hierarquia militar ter anunciado as conclusões de uma investigação independente sobre a situação nesta base militar do Texas.

As medidas, decididas pelo secretário do Exército Ryan McCarthy, surgiram na sequência de um ano em que 25 soldados incorporados em Fort Hood morreram devido a suicídio, homicídio ou acidentes, incluindo a morte por espancamento da soldado especialista Vanessa Guillen.

Guillen esteve desaparecida durante cerca de dois meses, até o seu corpo ser encontrado.

Em declarações aos 'media' no Pentágono, McCarthy indicou que, na sequência da investigação, concluiu-se que os incidentes em Fort Hood, incluindo graves omissões nos relatórios sobre agressões sexuais e intimidações "estão diretamente relacionados com falhanços na liderança".

O responsável disse ainda que estava profundamente desapontado com o comando do quartel, acrescentando que "sem liderança, os sistemas não interessam".

O general James McConville, chefe de estado-maior do Exército, revelou ter contactado na manhã de ontem com a mãe de Guillen e disse-lhe: "Estamos a responsabilizar os líderes [de Fort Hood] e vamos resolver isto".

Os despedimentos e suspensões incluem o major-general do Exército Scott Efflandt, responsável pelo quartel no início deste ano quando Guillen foi morta, e ainda o major-general Jeffrey Broadwater, comandante da primeira divisão de Cavalaria.

As medidas administrativas deverão reforçar as investigações, que poderão conduzir à adoção de punições generalizadas, indicou a agência noticiosa Associated Press. Estas punições podem ter a forma de uma simples carta de repreensão até à expulsão das fileiras militares.

De acordo com os investigadores, Guillen, 20 anos, foi espancada até à morte pelo soldado especialista Aaron Robinson, que se suicidou em 01 de julho quando a polícia tentava prendê-lo. A família da vítima disse que Robinson a agrediu sexualmente, apesar de o Exército referir que não existem provas sobre essa alegação.

Ainda em julho, o corpo do soldado Mejhor Morta foi encontrado perto de um reservatório de água perto da base. E em junho, os restos de outro soldado desaparecido, Gregory Morales, foram encontrados a cerca de 16 quilómetros desse local.

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