Itália regista quase 15 mil novos casos e 634 óbitos nas últimas 24 horas
A Itália registou 634 mortes e 14.842 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, indicou hoje o boletim do Ministério da Saúde italiano.
Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 61.240, de acordo com a mesma fonte.
Em termos de contágios, Itália contabiliza, até à data, 1.757.394 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus.
Segundo o boletim do Ministério da Saúde italiano, o país realizou nas últimas 24 horas um total de 150 mil testes de diagnóstico, um número inferior quando comparado com os cerca de 200 mil testes diários que foram efetuados ao longo das últimas semanas.
Dos 737.525 casos positivos que estão atualmente ativos em Itália (menos 11.294 em comparação com segunda-feira), a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.
Deste total, 30.081 pessoas estão hospitalizadas, das quais 3.345 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.
No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 958.629, um aumento de 25.497 face ao dia anterior.
"Temos um Inverno preocupante pela frente", advertiu o microbiologista e virologista italiano Andrea Crisanti, numa entrevista hoje publicada.
Segundo o especialista, Itália será "no final da próxima semana" o país com mais mortes na Europa.
"Não é um motivo de orgulho", reforçou Andrea Crisanti, indicando que o período do Natal "deve ser utilizado para reduzir as infeções".
Sobre uma potencial terceira vaga da pandemia, o especialista foi peremptório e disse que já não é uma previsão: "Já é uma certeza".
Ainda em Itália, o número de médicos que morreram na sequência da infeção com o novo coronavírus continua a aumentar.
Desde o início da crise sanitária, 237 médicos morreram de covid-19, segundo a Federação Nacional das Ordens Médicas (Fnomceo).
"Estamos a voltar aos tempos de março", alertou o presidente da Fnomceo, Filippo Anelli, acrescentando: "Temos de compreender por que razão há um verdadeiro massacre, especialmente no contexto da medicina geral".
A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.545.320 mortos resultantes de mais de 67,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.