Imaculada Conceição é um enorme acto de amor para cada um de nós
Na homilia da Solenidade da Imaculada Conceição, que hoje se assinala, o Bispo do Funchal destaca a figura da Imaculada que surge em pleno Advento, cheia de graça, para nos testemunhar que “Deus quer realizar em nós grandes coisas, apesar do nosso pecado”, nomeadamente a “obra de salvação” que em todo o seu esplendor contemplamos na pessoa da Virgem Maria.
D. Nuno Brás refere que a Imaculada Conceição nos convida a fazer parte, como Ela, da nova humanidade: “a humanidade salva, redimida, o início de um novo modo de existir, de viver”, sobretudo daqueles que amam a Deus com todo o coração, com toda a inteligência, com todo o ser e ao próximo como a si mesmo.
“Que os não baptizados se escondam de Deus, é compreensível. Mas que nós, cristãos, nos escondamos dele, não o conseguimos entender! Que os pagãos vivam como pagãos, é compreensível. Mas que nós, cristãos, vivamos como pagãos, ignorando a nossa condição de baptizados; que nós cristãos nos recusemos a participar da mesa do Cordeiro que é a Eucaristia; que nós cristãos deixemos de viver como filhos, de rezar e de iluminar profeticamente o mundo; que nós cristãos vivamos como pródigos, recusando o perdão do Pai e não desejemos regressar à casa paterna, será que o podemos compreender?”, questiona o chefe da igreja católica madeirense, num apelo à reflexão das suas palavras.
Celebrar a Imaculada Conceição de Nossa Senhora é celebrar um “momento essencial” no desenrolar do plano que salvador que Deus tem para a humanidade pecadora. Recorda que para poder partilhar de modo salvífico a vida de cada um de nós, “Deus quis fazer-se homem, assumindo em tudo a nossa natureza”. Mas para nos salvar, devia permanecer “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”.
A Imaculada Conceição da Virgem Maria é, por isso, um “enorme acto de amor que o Pai tem para com cada um de nós e para com toda a humanidade a necessitar de redenção: não poderíamos ser redimidos se Ele não assumisse a nossa natureza humana e se, ao mesmo tempo, não permanecesse verdadeiro Deus — santo, inocente, imaculado, sem qualquer contágio do pecado”, recorda D. Nuno Brás.