O Vaticano anunciou hoje que realizará na quinta-feira um encontro sobre a crise humanitária na Síria e no Iraque, um evento considerado de "especial relevância" neste momento de pandemia e crise.

Cinquenta instituições de caridade católicas, representantes de episcopados locais, instituições eclesiais e congregações religiosas que operam na Síria, Iraque e países vizinhos, bem como os núncios apostólicos da região, participarão do encontro 'online'.

"O conflito na Síria e no Iraque produziu uma das crises humanitárias mais graves das últimas décadas", referiu o Vaticano, acrescentando que a Santa Sé, além de sua atividade diplomática, participa ativamente em programas de ajuda e assistência humanitária.

O encontro, organizado pelo Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, e que será realizado através da plataforma Zoom, começará com a transmissão de uma mensagem em vídeo do Papa Francisco.

Estarão presentes, entre outros, o secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, o secretário para as Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher, e o Núncio Apostólico na Síria, Cardeal Mario Zenari.

Filippo Grandi, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) também participará.

Desde 2014, a rede de organizações da Igreja alocou mais de um bilhão de dólares para resposta de emergência, alcançando mais de quatro milhões de beneficiários individuais por ano.

De acordo com fontes das Nações Unidas, atualmente há 11 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária na Síria e há mais de seis milhões de deslocados internos.

No Iraque, o número sobe para mais de quatro milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária e mais de um milhão de deslocados internos, respetivamente.

No entanto, sublinha-se que todos os países da região são afetados pela grave crise humanitária, em particular o Líbano, a Turquia e a Jordânia.

Este encontro acontecerá após o anúncio, na segunda-feira, de que o Papa Francisco irá ao Iraque em março de 2021, uma viagem considerada "histórica e há muito esperada", já que é a primeira vez que um papa visita aquele país, e "um sinal de esperança e apoio" para a comunidade cristã da zona.