Madeira

Madeira pode ser “um exemplo” na defesa das pessoas LGBTIQ

Eurodeputada madeirense Sara Cerdas acredita que a Região deve tirar partido da Estratégia Europeia para a Igualdade das Pessoas LGBTIQ

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A eurodeputada Sara Cerdas questionou a Comissão Europeia sobre como será a aplicação da Estratégia Europeia para a Igualdade das Pessoas LGBTIQ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, intersexuais e queer) pelos diferentes Estados-Membros e regiões, nomeadamente nas Regiões Ultraperiféricas e Regiões remotas e insulares, que pela sua dimensão reduzida e constrangimentos associados, quer a nível social, quer a nível educacional e cultural, “deixam estas pessoas mais vulneráveis”.

A socialista acredita que a estratégia apresentada pela Comissão Europeia é “ambiciosa”, mas a implementação deve assentar num “trabalho articulado entre as diferentes instituições e agentes sociais”, que envolva a colaboração e a realização de acções por parte de todas as instituições e Estados-Membros na sensibilização e educação contra a discriminação LGBTIQ.

“A Madeira pode ser um exemplo na aplicação desta estratégia, somos uma região pequena e devemos tirar partido disso”, defendeu Sara Cerdas, acrescentando que a Região poderia “pegar nesta estratégia e desenvolver uma série de projectos-piloto associados à questão LGBTIQ, através de uma maior sensibilização às diferentes gerações e de ações concretas com os mais variados públicos-alvos”, já que é importante que se desmitifique uma série de preconceitos associados aos LGBTIQ.

Sara Cerdas defende que a União Europeia deve “estar na vanguarda dos esforços para melhorar e proteger os direitos das pessoas LGBTIQ”, assumindo que “infelizmente, para muitas pessoas, ainda não é seguro demonstrarem afecto em público e assumirem a sua orientação sexual, serem simplesmente elas próprias sem se sentirem ameaçadas ou constrangidas”.

Segundo a estratégia da Comissão Europeia ‘União da Igualdade: Estratégia para a igualdade de tratamento das pessoas LGBTIQ 2020-2025’, 53% das pessoas LGBTIQ quase nunca assumem a sua orientação sexual e esta estratégia alerta para a necessidade de uma evolução legislativa, de maior e melhor jurisprudência e de várias iniciativas políticas, tendo em vista a melhoria da integração e inclusão das pessoas LGBTIQ.

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