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Marcelo recandidata-se pela estabilidade e para vencer a crise

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Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que Portugal precisa de um Presidente da República que estabilize e una os portugueses para vencer a atual crise e afirmou que nunca sairia a meio desta "caminhada exigente e penosa".

Estes foram dois dos principais argumentos invocados pelo professor universitário jubilado e antigo líder do PSD ao anunciar a sua recandidatura ao cargo de Presidente da República nas eleições de 24 de janeiro.

Numa declaração com cerca de dez minutos, na pastelaria Versailles, em Belém, Lisboa, apenas registada em vídeo por dois repórteres de imagem devido à pequena dimensão do espaço, com a maioria da comunicação social no exterior, Marcelo Rebelo de Sousa disse ser "exatamente o mesmo que avançou há cinco anos" e justificou a sua decisão com a atual conjuntura.

"Sou candidato à Presidência da República porque temos uma pandemia a enfrentar, porque temos uma crise económica e social a vencer, porque temos uma oportunidade única de além de vencer a crise mudar para melhor Portugal", afirmou.

Logo de seguida, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal precisa de continuar a ter um Presidente da República "com proximidade" dos cidadãos e que contribua para um quadro político de "descrispação, com pluralismo democrático, mas diálogo e convergência no essencial".

"Um Presidente independente, que não instabilize, antes estabilize, que não divida, antes una os portugueses, e que puxe sempre pelo que de melhor existe", completou.

Face à atual conjuntura de pandemia de covid-19 e consequentes efeitos económicos e sociais, o Presidente recandidato alegou que não poderia "sair a meio de uma caminhada exigente e penosa".

"Não vou fugir às minhas responsabilidades, não vou trocar o que todos sabemos irem ser as adversidades e as impopularidades de amanhã pelo comodismo pessoal ou familiar de hoje. Porque, tal como há cinco anos, cumpro um dever de consciência", declarou.

Nesta intervenção, saudou os demais candidatos e reiterou o compromisso de debater "frente a frente com todos".

Na parte final, traçou uma linha de demarcação entre si e a alternativa para o exercício da chefia do Estado nos próximos cinco anos.

"Portuguesas, portugueses, a escolha é vossa: renovar a confiança em quem conheceis, semana após semana, há pelo menos 20 anos, e em especial nestes cinco anos vividos em comum, feitos não apenas de palavras, mas também de atos, ou escolher alguém diferente, com uma visão diversa daquela que vos propus e proponho para Portugal", disse.

"Humildemente, aguardo o vosso veredicto", acrescentou, manifestando-se confiante de que será possível "enfrentar a pandemia e vencer a crise e refazer Portugal".

Neste anúncio da sua recandidatura, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que não mudou nos últimos cinco anos e que os princípios subjacentes à sua recandidatura são os mesmos de 2016.

"Sou exatamente o mesmo: orgulhosamente português, e por isso universalista; convictamente católico, e por isso dando primazia à dignidade da pessoa; ecuménico e contrário a um Estado confessional; assumidamente republicano, e por isso avesso a nepotismos, clientelismos e corrupções; determinadamente social-democrata, e por isso defensor da democracia e da liberdade", enunciou.

Neste ponto, insistiu que mantém exatamente a mesma "visão de Portugal", como "plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continentes", e também da Constituição da República e do exercício das funções presidenciais.

"Da Constituição, que votei, com orgulho, que ajudei a rever, que jurei cumprir e fazer cumprir, e que fiz cumprir, assim como dos poderes presidenciais e do seu exercício. Tudo o que disse e escrevi em 2015 mantém-se por igual, como igual é o homem que o disse e o escreveu", frisou.

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