Urnas encerraram na Venezuela depois de abertas uma hora a mais do previsto
Os centros eleitorais encerraram na Venezuela para eleger novos deputados para o parlamento, depois de se terem mantido a funcionar mais uma hora, no domingo, apesar da fraca afluência, registando-se uma abstenção superior a 80% em alguns locais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela tinha atrasado uma hora o encerramento dos centros eleitorais para a votação, ainda que se tenha verificado escassez de eleitores durante todo o dia.
Poucos eleitores nas ruas a poucas horas do encerramento das urnas
Os centros eleitorais de Caracas registaram, durante a tarde de hoje, pouca presença de eleitores, no dia em que os venezuelanos foram às urnas para eleger os novos deputados do parlamento, onde desde 2015 a oposição detinha a maioria.
De acordo com a agência noticiosa Efe, tanto em Caracas como em Maracaibo, a segunda principal cidade, vários centros de votação tiveram pouca afluência.
Fotografias divulgadas nas redes sociais mostravam um cenário semelhante noutros pontos do país.
A abstenção supera os 80% em alguns locais de voto, como em Sucre, Libertador, Chacao, como constatou a Efe.
Eleições na Venezuela são "uma farsa e um embuste"
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, considerou hoje "uma farsa" as eleições legislativas em curso na Venezuela, que foram boicotadas pela oposição e que a meio do dia registavam uma baixa taxa de participação dos eleitores.
O líder da oposição Juan Guaidó, desvalorizou os dados da abstenção até que o CNE divulgue os primeiros resultados.
Duas horas antes do fecho das urnas, em vários centros eleitorais de Las Mercedes (leste), Santa Mónica (sul), Los Chaguaramos e Los Símbolos (ambas a sul), apenas algumas pessoas verificavam os dados para saber em que mesa votar.
Havia ainda pouca afluência de eleitores em Chacaíto e Chacao, em El Marquês e La Califórnia, todas no leste da capital.
Oposição afirma que participação nas primeiras horas é inferior a 3%
A oposição venezuelana, que tem como principal figura Juan Guaidó, avançou que a taxa de participação nas eleições legislativas que hoje decorrem na Venezuela foi inferior a 3% nas primeiras quatro horas da jornada eleitoral.
Mais de 20,7 milhões de venezuelanos foram este domingo chamados às urnas para eleger os 277 deputados que vão compor a nova Assembleia Nacional (parlamento).
O novo parlamento entrará em funções em 05 de janeiro de 2021, dois anos depois de o líder opositor Juan Guaidó se autoproclamar Presidente interino da Venezuela prometendo convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas no país.