Madeira

José Manuel Rodrigues apela à sociedade para "não hostilizar as pessoas que vivem na rua"

Em visita à Associação Conversa Amiga, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira apelou a um maior combate ao tráfico de substâncias e investimento na Saúde mental

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"Cerca de 120 pessoas vivem nas ruas da cidade do Funchal". O alerta é do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira que visitou, esta sexta-feira, dia 4 de Dezembro, a Associação Conversa Amiga (ACA), instituição que trabalha em prol dos sem-abrigo.

Na ocasião, José Manuel Rodrigues sublinhou a importância de "atalhar as causas" deste “problema social", com consequências na sociedade.

Neste sentido diz ser necessário criar nova legislação de combate ao tráfico de substâncias, uam vez que que “a pandemia” e "o consumo das novas drogas, como o bloom, vieram acentuar” este flagelo.

Alerta também para os "gravíssimos prejuízos" que estas têm na sanidade mental das pessoas”, pedindo um "maior investimento na área da saúde mental". 

Perante este problema social, José Manuel Rodrigues apela à sociedade "para não hostilizar as pessoas que vivem na rua". “São pessoas que são cidadãos de pleno direito, que merecem ser apoiadas e reintegradas”, vincou.

O presidente do parlamento madeirense elogiou ainda o trabalho feito pela Associação Conversa Amiga e destaca os projectos de ‘Cacifos’, o ‘Correio Solidário’, que permite às pessoas receberem correspondência, e a ‘Residência Partilhada’, “para dar alguma autonomia num processo de transição entre a rua e a reintegração dos sem-abrigo”.

Por seu turno, Duarte Paiva, coordenador da ACA na Madeira, explicou o trabalho desenvolvido com o apoio da câmara do Funchal e confirma que o problema se tornou mais visível aos olhos da população “sobretudo devido ao consumo das substâncias psicoactivas e de álcool”.

A Associação Conversa Amiga apoia cerca de 120 pessoas sem-abrigo e defende mais projectos de alojamento para que a “rua não seja a única opção”, apelou Duarte Paiva. O coordenador diz ainda que "este é também um problema de saúde mental que urge atender e resolver".

A associação, criada há 13 anos em Lisboa, está na Madeira desde 2016, onde tem dado especial atenção aos sem-abrigo.

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