Governo apela para "bom senso" dos portugueses no Natal
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou hoje que este Natal "vai ser diferente garantidamente" e apelou para o "bom senso" dos portugueses nesta quadra para se conseguir "bons resultados" no combate à covid-19.
Questionado no final de uma visita a duas unidades de saúde, em Matosinhos, no Porto, sobre como o Governo vai equilibrar os alertas de especialistas para o risco de aliviar as restrições no Natal e os partidos da oposição que pedem o contrário, o governante disse que "vai equilibrar como tem equilibrado, com medidas certas, no tempo certo e de uma forma moderada".
"Há um decréscimo da doença neste momento, mas temos que manter a pressão sobre a cautela, sobre a prevenção e, portanto, não podemos aliviar essa pressão", disse António Lacerda Sales.
Lembrou que a época de Natal é um período em que as famílias tentam encontrar-se e há uma maior mobilidade.
"O que nós pensamos e apelamos é ao bom senso dos portugueses (...) que percebem que este Natal tem garantidamente que ser diferente e, por isso, o bom senso dos portugueses com certeza conduzirá a bons resultados", vincou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que hoje se deslocou ao Norte do país, no âmbito do acompanhamento da situação epidemiológica e resposta à pandemia na região.
A região Norte é a que regista o maior número de infeções por SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, totalizando 164.463 casos e 2.300 mortos desde o início da pandemia em março.
Portugal está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo, e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
O país contabiliza pelo menos 4.803 mortos associados à covid-19 em 312.553 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).