Moradores impedidos de ver o fogo queixam-se do 'fecho' dos terraços
Em causa a decisão tomada pelos gestores do condomínio de alguns prédios do Funchal
Têm sido vários os moradores de alguns prédios de habitação do Funchal, geridos pela empresa de condomínios CasteloGest, que se queixam do facto de a empresa, sem qualquer base credível, alegam, tenha decidido não abrir os terraços dos edifícios nesta última noite do ano, para que os respectivos condóminos possam assistir ao espectáculo pirotécnico de logo à noite sem terem de sair do edifício.
Algumas das pessoas que contactaram o DIÁRIO, mostrando a sua indignação, apontam que não foram “tidos nem achados” nesta decisão e que vai, de certa forma, “contra as recomendações do Governo”, que apelava aos madeirenses para assistirem ao fogo de artifício nas suas habitações.
Nas situações que nos foram reportadas, os moradores salientam que “apenas algumas pessoas do prédio costumam subir ao terraço”, não havendo a presença de estranhos, “ainda mais neste ano tão atípico, em que os convívios são fortemente desaconselhados”.
“Estão a querer empurrar-nos, à força, para o meio da multidão para podermos ver o fogo”, atira uma das pessoas, que não aceita os argumentos apresentados pela empresa de condomínios, que diz ter solicitado parecer e não ter recebido qualquer resposta sobre se seria oportuno ou não abrir os terraços aos condóminos.
Da parte da empresa, Manuel Gonçalves aponta que “esta decisão foi tomada em defesa da segurança dos condóminos”, procurando evitar os ajuntamentos e situações que possam representar algum risco de contágio.
“Se o Governo impõe que não se pode facilitar ajuntamentos, nós vamos abrir os terraços? Desta forma estamos a fomentar a concentração de pessoas”, argumenta o gerente da empresa, que dá conta de ter tentado obter algum esclarecimento da parte da Direcção Regional de Saúde e da Protecção Civil Regional, mas não obteve qualquer feedback. “Por conseguinte, e por precaução, resolvemos tomar esta decisão”, deixando claro que, em muitas situações, o acesso não se limita aos moradores dos edifícios, pois estes ‘abrem a porta’ a familiares e conhecidos.
A comunicação aos condóminos foi feita no decorrer desta semana, de modo a que todos pudessem ser informados da decisão.